José Milhazes afirma que impasse na Ucrânia é perigoso

O jornalista José Milhazes, correspondente de vários órgãos de comunicação social portugueses na Rússia há largos anos, considera que é perigoso o impasse que continua na Ucrânia, “porque não se sabe como se irá sair desta situação”.

Sandra Henriques /

Foto: Maks Levin/Reuters

Ouvido pelo jornalista da Antena1 Nuno Rodrigues, José Milhazes refere que as manifestações deste fim de semana em Kiev mostram que a oposição insiste na via europeia e em eleições antecipadas. O derrube da estátua de Lenine foi um sinal importante de que estes manifestantes querem cortar e pôr fim ao passado que unia a Ucrânia e a Rússia dentro da União Soviética, embora não resolva o grave problema que a Ucrânia atravessa.

José Milhazes defende que uma guerra civil seria uma “tragédia gigantesca no centro da Europa”, mas “resta saber qual a solução para evitar esse cenário”. É importante que os políticos tomem decisões de forma rápida quanto a eleições antecipadas ou a um referendo para evitar que se passe a um confronto.

“No entanto, da parte das autoridades parece-me que há a tentação de deixar correr as coisas, visto que o inverno está a chegar e forte e os próprios manifestantes vão abandonando as ruas por si próprios. Certo é que a Ucrânia está junto de um precipício e chama-se guerra civil”, remata.

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