Juan Guaidó pede aos venezuelanos opositores que façam valer a sua maioria
O líder opositor venezuelano Juan Guaidó, divulgou domingo um vídeo pedindo à oposição que faça valer a sua força, "exercendo a maioria" contra o Governo do Presidente, Nicolás Maduro, para forçar uma mudança de regime.
"Podemos e vamos recuperar o nosso país (...), o regime faz-se parecer forte e por isso que persegue. O seu objetivo é parecer que vai durar todos os anos no poder (...) mas quero dizer-vos que não é nada disso. Não estão fortes", afirmou o político.
No vídeo, divulgado através da rede social Twitter, Juan Guaidó acusou Caracas de não se importar "com o que os venezuelanos pensam" e de não se preocupar "em continuar a tornar as (...) vidas mais difíceis".
Guaidó apontou sete razões para que a oposição consiga os objetivos, entre elas a ideia de que "mais de 90% do país quer um câmbio" e que "o regime perdeu o apoio popular".
Por outro lado, exortou a população a "manifestar-se, exercer a maioria e mobilizar-se" em todos os espaços e as vezes que sejam necessárias, com o "apoio e reconhecimento internacional que se traduz em pressão, garantias, justiça internacional e apoio para superar a crise e emergência humanitária" no país.
"Perderam o controlo. Hoje o regime não decide sobre a economia. O país tornou-se `dolarizado` [preços passaram a ser fixados em dólares] através dos factos. Não exerce soberania sobre o território, na capital ou na fronteira. Nem sequer podem decidir distribuir gasolina devido à pilhagem das refinarias, ou simplesmente colocar água", afirmou.
O político opositor disse continuar na Venezuela "a lutar e em resistência democrática", assumindo "os riscos".
"Por último, podemos derrotar o rei. Eles não estão unidos. Têm diferenças, mesmo que as guardem [ocultem]", acrescentou.
Juan Guaidó lembrou que a oposição avançou há alguns meses com um Acordo de Salvação Nacional, que dá garantias a todos os setores.
"Se todos fizermos o que devemos, exercemos o nosso papel, podemos recuperar a democracia e salvar o nosso país. Salvemos a Venezuela", concluiu.
A crise política, económica e social venezuelana, agravou-se desde janeiro de 2019, quando o então presidente do parlamento, Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de Presidente interino da Venezuela, até afastar Nicolás Maduro do poder, convocar um Governo de transição e eleições livres e democráticas no país.