Juiz federal ordenou suspensão do julgamento do "talibã australiano"
Um juiz federal ordenou hoje a suspensão do julgamento do "talibã australiano", David Hicks, que deveria começar sexta-feira, para que o Supremo Tribunal dos Estados Unidos possa pronunciar-se sobre a validade dos tribunais militares de excepção de Guantanamo.
A juíza Colleen Kollar Kotelly, do tribunal federal de Washington, deu provimento ao pedido de Hicks para que o seu processo fosse suspenso, solicitando ao governo norte-americano que "cesse qualquer processo judicial no âmbito dos tribunais militares de excepção" até que o Supremo Tribunal se pronuncie.
A magistrada explica, num documento sucinto, que se baseou na decisão da semana passada do Supremo Tribunal, que decidiu avaliar a validade do julgamento de nove detidos de Guantanamo.
O Supremo Tribunal deverá avaliar o caso em Março e pronunciar- se antes do Verão.
Hicks, um australiano de 30 anos convertido ao Islão, foi detido em Dezembro de 2001, quando combatia com os talibã no Afeganistão.
O australiano é acusado de tentativa de homicídio, colaboração com o inimigo e cumplicidade em atentados.
