Junta militar de Myanmar acusa 229 pessoas de perturbar processo eleitoral
A junta militar de Myanmar (antiga Birmânia) anunciou hoje estar a processar mais de 200 pessoas acusadas de perturbar o processo eleitoral antes das legislativas que começam em 28 de dezembro.
Um "total de 229 pessoas" estão a ser processadas "por tentar sabotar o processo eleitoral", disse o ministro do Interior da junta, Tun Tun Naung, de acordo com `media` locais.
O governo militar introduziu uma lei em julho que pune críticas ou perturbações às eleições com até dez anos de prisão. Defensores dos direitos humanos denunciaram a legislação, que, segundo dizem, visa silenciar a dissidência.
A junta tomou o poder num golpe de Estado em 2021, que mergulhou Myanmar numa guerra civil, e apresenta as eleições legislativas como um passo rumo à reconciliação.
No entanto, observadores internacionais rejeitam o escrutínio, que consideram um pretexto para prolongar o regime militar.
Vários grupos rebeldes anunciaram que vão bloquear as eleições em áreas importantes que controlam.