Júri federal dos EUA indicia juíza acusada de impedir detenção de imigrante

por Lusa
Hannah Dugan está acusada de ajudar um homem a fugir às autoridades de imigração Mike de Sisti via Reuters

Um grande júri federal dos Estados Unidos indiciou uma juíza do Wisconsin (centro-norte), acusada de ajudar um homem a fugir às autoridades de imigração, permitindo que o processo contra ela continue.

A detenção da juíza do distrito de Milwaukee, Hannah Dugan, agravou o confronto entre a Administração do presidente norte-americano, Donald Trump, e as autoridades locais sobre a política de repressão do líder republicano à imigração.

Os democratas acusaram a Administração Trump de tentar fazer de Dugan um exemplo nacional para reprimir a oposição judicial à repressão.

Os procuradores acusaram em abril Dugan, através de uma queixa, de obstrução e de ocultar um indivíduo para impedir a sua detenção.

No sistema de justiça penal federal, os procuradores podem apresentar acusações contra um arguido diretamente através de uma queixa ou apresentar provas a um grande júri e deixar que este decida se apresenta ou não uma acusação.

O grande júri continua a analisar as acusações apresentadas através de uma queixa para determinar se existe causa provável suficiente para prosseguir com o caso, como forma de controlo do poder dos procuradores.

Se o grande júri determinar que existe uma causa provável, emite uma declaração escrita das acusações, conhecida como acusação. Foi o que aconteceu no caso de Dugan.

A juíza pode ser condenada até seis anos de prisão, se for sentenciada como culpada por ambas as acusações. A equipa de advogados de defesa respondeu à acusação com uma declaração, dizendo que Dugan reitera a sua inocência.

O porta-voz do gabinete do procurador dos Estados Unidos em Milwaukee, Kenneth Gales, recusou-se a comentar a acusação, na terça-feira à noite.

 

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