Kamala Harris acha que devia ter tido responsabilidade sobre recandidatura de Biden

Depois do silêncio, a antiga candidata democrata lança hoje o livro "107 dias" em que fala da corrida presidencial que perdeu contra Donald Trump, em que defendeu uma "imprudência" na decisão pessoal de Joe Biden ao recandidatar-se.

Gonçalo Costa Martins - Antena 1 /

Foto: Chip Somodevilla via REUTERS

"É uma decisão de Joe e de Jill", começou por escrever Kamala Harris sobre a recandidatura do ex-presidente, assumindo que a ideia foi repetida "como um mantra, como se estivéssemos hipnotizados". 

"Foi graciosidade ou imprudência? Em retrospetiva, acho que foi imprudência", apontou Kamala Harris no livro que teve divulgação de excertos na imprensa norte-americana nos últimos dias.

Agora em entrevista ao canal de televisão MSNBC, clarifica: "Quando escrevo isso, é porque eu percebo que tenho e tive uma certa responsabilidade que deveria ter seguido".

Sendo ela uma mulher negra, assumiu no livro que foi cuidadosa sobre o candidato a vice-presidente. Tim Walz não foi a primeira escolha: preferia antes Pete Buttigieg, mas considerou arriscado por ser homossexual.

"Tendo um vice-presidente gay como candidato, com as expectativas tão altas... deixa-me triste, mas percebi que era um risco real", afirmou na entrevista, referindo-se a Pete Buttigieg, secretário de Transportes na Administração Biden.

Kamala Harris sente que a Casa Branca nem sempre a defendia e revela pormenores de campanha: episódios humanos, como a tristeza por não ter celebrado o aniversário com o marido, ou episódios inusitados, um deles de um membro da equipa que tirou a mensagem "Senhora Presidente" dos bolos servidos depois de conhecidos os resultados eleitorais.


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