O "rapper" norte-americano Kanye West, que anunciou recentemente a candidatura a presidente dos Estados Unidos, realizou o primeiro comício no domingo, propondo recompensar com um milhão de dólares quem tenha um bebé, para desencorajar o aborto.
Questionado pela audiência sobre o aborto, West começou a chorar, recordando que o pai quis interromper a gravidez da mãe, e que ele próprio pensou fazer o mesmo quando a sua mulher, Kim Kardashian, engravidou. "Quase matei a minha filha", disse, citado pela agência de notícias Efe.
O "rapper" disse acreditar que o aborto deveria ser legal, mas propôs dar "um milhão de dólares" às mulheres que decidam ter um bebé, para as desencorajar de porem fim à gravidez.
O anúncio de Kanye West de que concorreria às eleições presidenciais de novembro suscitou especulação sobre se estaria à procura de publicidade ou a favorecer o presidente, Donald Trump.
O site TMZ também noticiou que a família do músico está preocupada com a possibilidade de West estar a sofrer um episódio maníaco, depois de o "rapper" ter anunciado à mesma fonte, em 2018, que não estava a tomar a medicação para a doença bipolar.
West, que anunciou que iria concorrer como independente, já conseguiu registar-se no estado do Oklahoma.
De acordo com a agência de notícias Associated Press, a sua passagem na Carolina do Sul visava recolher assinaturas para poder concorrer também naquele estado.
O músico tem de recolher 10.000 assinaturas até ao meio-dia de segunda-feira para poder participar na votação na Carolina do Sul, de acordo com a lei estatal.
Não é claro o que o futuro reserva para a campanha do "rapper", que até há algumas semanas apoiava Trump, dado que o prazo para registar a candidatura já terminou em meia dúzia de estados e os requisitos para o fazer nos restantes são complexos.
O músico afro-americano de 43 anos anunciou em 4 de julho, Dia da Independência dos EUA, a candidatura à Casa Branca.