Lançador de basebol dos Yankees pilotava avioneta
Uma avioneta pilotada pelo lançador de basebol dos Yankees, Cory Lidle, despenhou-se contra um arranha-céus em Manhanttan, no Upper East Side de Nova Iorque, matando pelo menos quatro pessoas.
Destroços a arder juncavam os passeios em baixo depois da queda do avião.
Não há para já confirmação se Lidle está entre os mortos, mas uma fonte federal disse que o seu passaporte foi encontrado na rua debaixo do local onde a avioneta chocou com o edifício The Belair, situado na rua 72, frente ao East River.
Por seu lado, a polícia indicou que era o jogador de basebal que ia aos comandos do avião.
O edifício, construído em 1986, tem 50 andares, 183 apartamentos, sendo os primeiros 13 pisos ocupados por clínicas e consultórios médicos do Hospital de Cirurgia Especial. Na altura do acidente, não havia doentes internados.
As corporações de bombeiros que acorreram ao local conseguiram pouco depois extinguir as chamas que se elevavam à altura do 20º andar.
Segundo testemunhas no local, "parecia que se ouviam em simultâneo as sirenes de todos os carros de bombeiros, ambulâncias e carros da polícia de Nova Iorque".
A pronta intervenção de 170 bombeiros fez com que o incêndio que deflagrara em quatro apartamentos fosse dominado em poucos minutos.
O edifício foi evacuado e cortado o fornecimento de energia eléctrica e gás.
O avião, um monomotor de cinco lugares, era propriedade de Lidle, e segundo os media locais o jogador, de 34 anos, morreu no acidente.
As quatro mortes foram confirmadas por Ellen Borakowe do gabinete de Medicina Legal de nova Iorque.
O FBI (polícia federal) disse não ter indicação de que o acidente com a avioneta estivesse relacionado com o terrorismo.
Um porta-voz da Casa Branca disse não excluir qualquer hipótese.
Domingo, um dia depois de os Yankees terem sido eliminados dos play-off , Lidle esvaziou o seu cacifo no Estádio e manifestou interesse em voar.
Explicou aos jornalistas como se obtinha o "brevet" de piloto e disse que tencionava regressar de avião à Califórnia, planeando fazer algumas escalas.
Fonte federal disse que o avião emitiu um sinal de socorro antes da queda. O avião vinha de norte para sul, sobre o East River, e segundo testemunhas oculares já estava a arder quando embateu contra o edifício.
Embora esteja proibido o sobrevoo de aviões sobre Manhattan, é permitido o tráfego aéreo ao longo dos dois rios que ladeiam a ilha. No caso do East River, desde a década de 1980 que foi estabelecido um "corredor" de oito milhas onde é permitido o voo de aviões pequenos acima dos 1.100 pés de altitude, mas não são obrigados a contactar as torres de controlo. Na altura do acidente, a visibilidade era de 9 milhas e havia um tecto de nuvens a 1.800 pés.
Segundo a Autoridade Portuária de Nova Iorque e New Jersey, o avião de Lidle tinha levantado voo às 14:29 do aeroporto de Teterboro, em New Jersey (em frente a Manhattan, do outro lado do rio Hudson).