Líder democrata no Senado felicita novo autarca nova-iorquino apesar de não o ter apoiado

O líder da minoria democrata no Senado, Chuck Schumer, felicitou hoje o presidente eleito da Câmara de Nova Iorque, Zohran Mamdani, expressando o seu desejo de "trabalhar em conjunto", apesar de não o ter apoiado publicamente durante a campanha.

Lusa /

"Conversei com o presidente eleito Mamdani esta manhã. Tivemos uma conversa muito, muito agradável. Disse-lhe que nos preocupamos com a cidade de Nova Iorque e que esperamos trabalhar juntos para ajudar a cidade e torná-la melhor. Felicitei-o por ter realizado uma campanha muito, muito boa", destacou Schumer, numa conferência de imprensa no Capitólio.

Mamdani, que venceu as primárias democratas em Nova Iorque, causou algum desconforto dentro do partido a nível nacional, especialmente entre a sua ala mais moderada.

O futuro presidente da Câmara da cidade de Nova Iorque, que garantiu a vitória com mais de 50% dos votos após uma participação recorde, identifica-se como socialista democrático e é membro do partido Working Familie (Famílias Trabalhadoras, em português).

Nascido no Uganda, tornar-se-á o primeiro presidente da câmara muçulmano da cidade.

Destacou-se por focar a sua campanha em medidas sociais para melhorar a vida das pessoas através de um aumento de impostos para os residentes mais ricos da cidade.

Schumer, senador pelo Estado de Nova Iorque, foi repetidamente questionado sobre o seu apoio a Mamdani durante a campanha e evitou consistentemente os repórteres.

Na terça-feira, dia das eleições, também se recusou a revelar em quem votou.

O líder da minoria na Câmara dos Representantes, o democrata Hakeem Jeffries, também de Nova Iorque, acabou por apoiar Mamdani pouco antes da abertura das urnas, embora também tivesse inicialmente evitado fazê-lo.

Vários democratas viram a sua autoapresentação como candidato socialista como um alvo fácil para os republicanos.

Contudo, a sua vitória impulsionou não apenas a esquerda progressista, mas todo o Partido Democrata, que agora precisa de definir uma estratégia para as eleições intercalares do próximo ano.

Nestas eleições, toda a Câmara dos Representantes (câmara baixa) e um terço do Senado (câmara alta) estarão em disputa.

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