Líder dos Huthis reaparece para condenar ataques israelitas no Líbano, Síria e Palestina

O líder dos rebeldes Huthis do Iémen, Abdulmalik Badreddin al-Houthi, reapareceu hoje em público, após quase 50 dias de silêncio, para fazer um discurso de condenação dos ataques israelitas no Líbano, na Síria e na Palestina.

Lusa /

"O inimigo israelita, com a colaboração dos Estados Unidos e o apoio contínuo do Ocidente, continua os seus crimes na Palestina e no Líbano e as suas violações contra a Síria", condenou al-Houthi no seu discurso, divulgado pela agência noticiosa oficial do movimento dos rebeldes Huthis, Saba.

Esta foi a primeira aparição pública em 47 dias de al-Houthi, cujo movimento tem sido alvo de ataques aéreos israelitas que resultaram na morte de destacados líderes políticos e militares.

Em meados de outubro, o chefe do Estado-Maior, Muhammad Abdelkarim al-Ghamari, morreu na sequência de ferimentos sofridos num ataque israelita em agosto.

Para al-Houthi "perante estes assassínios e violações, os inimigos querem que não haja reação e que isso se torne um facto consumado".

"A riqueza da Palestina está a ser saqueada, e é lamentável que alguns países árabes se tenham tornado clientes, comprando ao inimigo israelita o que ele rouba dessa riqueza", realçou o líder iemenita.

"Reafirmamos continuamente o nosso apoio inabalável ao povo palestiniano", concluiu o líder.

Os Huthis interromperam os seus ataques durante o breve cessar-fogo anterior na guerra em Gaza.

Posteriormente, tornaram-se alvo de uma campanha de ataques aéreos que durou semanas, ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, antes de este declarar que tinha sido alcançado um cessar-fogo com os rebeldes.

O cessar-fogo em vigor na guerra em Gaza desde 10 de outubro fez com que os Huthis voltassem a suspender os seus ataques.

A guerra começou a 07 de outubro de 2023, quando o Hamas liderou vários ataques em Israel e nos quais 1.200 pessoas morreram e 251 foram feitas reféns.

Em retaliação, o Governo israelita lançou uma ofensiva que provocou a morte de mais de 66 mil palestinianos, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, mas cujos dados são reconhecidos pela ONU, tendo chegado a bloquear a entrada de alimentos e outros bens essenciais no enclave.

 

Tópicos
PUB