Líderes da CEDEAO aplicam sanções à junta militar da Guiné-Conacri

por Lusa
Omar Aliou Touray foi o porta-voz dos países africanos que decidiram aplicar sanções à Guiné-Conacri D.R.

Os dirigentes dos Estados da África ocidental decidiram, numa cimeira extraordinária, em Nova Iorque, aplicar "sanções progressivas" contra a junta militar no poder na Guiné-Conacri.

"Decidimos aplicar sanções contra a Guiné", declarou o presidente da comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), Omar Aliou Touray, no final de uma cimeira à porta fechada, em Nova Iorque, à margem da Assembleia-Geral da ONU

A decisão foi tomada perante a inflexibilidade dos militares em reduzir o período de transição do poder para os civis, previsto em 36 meses, para 24.

De acordo com um documento, consultado pela agência de notícias France-Presse e confirmado por vários participantes na cimeira, "foi decidido adotar sanções progressivas contra indivíduos e contra a junta guineense".

No mesmo texto é indicado que "muito rapidamente, o presidente em exercício da CEDEAO (o presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló) e o presidente da comissão da CEDEAO vão estabelecer uma lista de pessoas e, de forma gradual, aplicar as sanções".

Reunidos durante várias horas, os líderes da CEDEAO, com exceção do Mali, da Guiné-Conacri e do Burquina Faso, países dirigidos por juntas militares, exigiram também a libertação de 46 soldados da Costa do Marfim, detidos no Mali.

"Condenamos a detenção dos militares costa-marfinenses. Na terça-feira (27 de setembro), a CEDEAO vai enviar ao Mali os presidentes do Gana, do Togo e do Senegal para obter a libertação" dos soldados, disse Omar Aliou Touray.

"O tempo dos golpes de Estado acabou", reiterou.

 

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