Líderes do G7 reunidos em Itália com Ucrânia e Gaza na agenda

por RTP
Kevin Lamarque - Reuters

Os líderes do G7 estão reunidos em Itália para a cimeira que arranca esta quinta-feira. As guerras na Ucrânia e no Médio Oriente são os dois temas principais na agenda.

Para além dos chefes de Estado e de Governo da Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá e Japão, entre os convidados desta cimeira estão também os presidentes do Brasil e da Argentina. Isto porque a situação na América Latina é outro dos temas em destaque.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, participa como convidado para insistir no pedido de ajuda aos aliados ocidentais.

Os líderes do G7 procuram, entre outras medidas, chegar a acordo sobre a utilização de bens russos congelados para ajudar a reconstruir a Ucrânia.

Zelensky disse esperar que sejam tomadas “decisões importantes” nesta cimeira, nomeadamente a assinatura de acordos de segurança com os Estados Unidos e o Japão.


"Uma grande parte [desta cimeira] será dedicada à Ucrânia, à nossa defesa e à nossa resiliência económica. Esperamos que decisões importantes sejam tomadas hoje", disse Zelensky no Telegram.

Os Estados Unidos estão também a pressionar os restantes países do G7 para que aprovem um empréstimo de cerca de 50 mil milhões de dólares para Kiev, garantido por juros futuros provenientes de ativos do banco central russo congelados após a invasão de fevereiro de 2022.
Na véspera da reunião, a Casa Branca anunciou que o presidente Joe Biden e o homólogo ucraniano iam assinar um acordo bilateral de segurança à margem do G7.

A sessão de abertura nesta quinta-feira será dedicada a África, alterações climáticas e desenvolvimento.

Seguir-se-á uma sessão dedicada à situação no Médio Oriente e depois debates sobre a Ucrânia, antes de um jantar oficial.

A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, anfitriã da cimeira (Itália assume a presidência rotativa do grupo), que decorre em Apúlia, sul de Itália, assumiu que quis proporcionar “uma visão mais ampla e global”, tendo convidado líderes africanos e árabes.

Na abertura da cimeira, Giorgia Meloni disse que o objetivo da presidência italiana “é, por um lado, valorizar claramente aquilo que nos une e reforçar a nossa colaboração e, por outro lado, saber dialogar com todos”.

“O G7 não é uma fortaleza isolada que deve defender-se de alguém. É uma oferta de valores que abrimos ao mundo, claramente para ter como objetivo um desenvolvimento partilhado”, declarou.

Na sexta-feira, o Papa Francisco vai abordar a Inteligência Artificial e a paz, antes do encerramento da cimeira, pelas 19h00 locais (menos uma hora em Lisboa).

c/agências
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