Líderes europeus prontos a "manter a pressão sobre a Rússia" e trabalhar para cimeira tripartida

Depois de terem sido informados pelo presidente norte-americano dos contornos da cimeira entre Trump e o homólogo russo, Vladimir Putin, os líderes europeus emitiram uma declaração conjunta este sábado, dizendo que “estão prontos a manter uma pressão sobre a Rússia” através de sanções. Dizem apoiar uma cimeira tripartida, com apoio europeu.

RTP /

"Enquanto as mortes na Ucrânia continuarem, estamos prontos para manter a pressão sobre a Rússia. Continuaremos a reforçar as sanções e medidas económicas mais amplas para pressionar a economia de guerra da Rússia até que haja uma paz justa e duradoura", disseram , numa declaração conjunta, assinada  pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e os líderes do Reino Unido, Alemanha, Finlândia, Itália e Polónia.

Von der Leyen agradece os esforços de Trump e diz que a Europa está a trabalhar com Zelensky e EUA para garantir uma "paz duradoura".
Os dirigentes europeus dizem estar prontos para facilitar uma cimeira tripartida, entre Ucrânia, EUA e Rússia. O presidente francês, o chanceler alemão e o primeiro-ministro britânico vão reunir este domingo com o presidente ucraniano por videoconferência.

Reafirmam que "caberá à Ucrânia tomar decisões sobre seu território. As fronteiras internacionais não devem ser alteradas à força".

“É essencial continuar a apoiar a Ucrânia e a pressionar a Rússia enquanto a sua guerra de agressão continuar e uma paz sólida e duradoura que respeite os direitos da Ucrânia não tiver sido concluída”, escreve Macron na rede social X.

Acrescentou falando em plural dos parceiros europeus que “qualquer paz duradoura deve ser acompanhada de garantias de segurança inabaláveis. Nesse sentido, saúdo a disposição dos Estados Unidos em contribuir. Trabalharemos com eles e com todos os nossos parceiros na Coligação, com quem nos reuniremos em breve, para alcançar progressos concretos”.

“Também será essencial aprender todas as lições dos últimos 30 anos, em particular a propensão bem estabelecida da Rússia a não cumprir seus próprios compromissos”.



Uma reação que surge depois do encontro entre Trump e Putin no Alasca, esta sexta-feira, que terá sido “construtivo”, mas que acabou sem acordo e com poucos pormenores concretizados sobre os pontos em que os dois líderes teriam concordado.

Foi o primeiro encontro dos dois presidentes desde 2018 e que marcou o regresso de Vladimir Putin aos Estados Unidos, após dez anos de ausência, bem como a um grande palco diplomático, apesar de procurado pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra, e de relações suspensas entre Washington e Moscovo a partir da invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
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