Lukachenko desafia detractores e diz que o país é imune à revolução

O Presidente bielorusso Alexandre Lukachenko, que tomou posse depois de ter sido reeleito a 19 de Março, desafiou hoje os seus detractores, afirmando que o país está "imunizado contra a revolução" apesar da "cruzada" do Ocidente.

Agência LUSA /

"Senhores políticos, ocupai-vos a pôr em ordem as vossas próprias casas", disse o Presidente da Bielorrússia, referindo-se aos Estados Unidos e à União Europeia que consideraram fraudulentas as eleições presidenciais e encetaram sanções contra o seu regime, habitualmente referido como a última "ditadura da Europa".

"A Bielorrússia tem um sistema imunitário sólido. As vossas tentativas desajeitadas de importar o vírus das revoluções teve um efeito contrário - elas tornaram-se um antídoto a essa doença das `cores`", disse o Chefe de Estado bielorrusso numa alusão à Revolução Laranja ucraniana.

"Sob o pretexto de valores democráticos, tentaram importar para a Bielorrússia tecnologias estrangeiras de destruição, de caos total e de degradação moral", afirmou.

Lukachenko reeleito com 83 por cento dos votos, acusou os países vizinhos (Polónia e Estados Bálticos), novos membros da União Europeia, de estarem "à frente de uma cruzada contra a Bielorrússia" e prometeu ao seu povo "segurança, ordem e tranquilidade".

Nenhum chefe de Estado estrangeiro esteve presente na cerimónia de tomada de posse de Lukachenko. No entanto, o presidente da Rússia, Vladimir Putin telefonou a Lukachenko para o felicitar mais uma vez, informou o Kremlin.

Juntamente com a China e Cuba, a Rússia foi um dos poucos países a saudar a reeleição de Lukachenko.

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