Segundo Vera Machado, o Sumo Pontífice disse que, apesar de não conhecer os biocombustíveis, "vê com apreço qualquer acção em prol de África, continente que merece prioridade da Santa Fé".

Lula da Silva já disse várias vezes que o uso crescente dos biocombustíveis será um contributo "inestimável" para criar empregos, distribuir rendimentos, para a inclusão social e a redução da pobreza nos países mais pobres do mundo.

O presidente brasileiro considera que a parceria selada com os Estados Unidos em Março, na área de etanol, vai beneficiar os países mais pobres que receberão investimentos dos mais ricos para produzir o álcool combustível.

Especialistas acreditam que o acordo entre os dois maiores produtores de etanol do mundo abrirá caminhos para a transformação do álcool combustível numa mercadoria global ("commodity") que movimentará mil milhões de dólares nos próximos 30 anos.

Neste contexto, o continente africano é considerado estratégico para que o etanol se transforme em "commodity".

Segundo a imprensa brasileira, os Ministérios das Relações Exteriores e da Agricultura do Brasil planeiam incentivar o plantio de cana-de-açúcar e a instalação de destilarias na África, até mesmo em países tão distantes como o Botsuana, Congo, Gabão e Tanzânia.

O escritório da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), aberta em meados do ano passado no Gana, já está a ajudar os africanos em técnicas de plantio de lavouras tropicais, nomeadamente de alimentos.