Em direto
Guerra no Médio Oriente. A escalada do conflito entre Irão e Israel ao minuto

Lusodescendente que aderiu ao Daesh quer voltar a casa

por RTP

Um jihadista de origem portuguesa, detido na Síria, quer regressar a casa. Steve Duarte nasceu no Luxemburgo e aderiu ao Daesh em 2014. Em entrevista à RTP, diz que está arrependido e que estava a tentar fugir há três anos.

Steve Amieiro Duarte, 32 anos, luso-descendente. Está detido numa prisão curda no Nordeste da Síria. Em 2014 deixou o Luxemburgo onde nasceu e partiu para a Síria para juntar-se ao Estado Islâmico. O pretexto era aprofundar estudo islâmicos uma vez que já se tinha convertido, mas acabou a trabalhar na máquina de propaganda do Daesh que elaborava vídeos de decapitações e execuções que espalhavam o terror fundamentalista.

Sobre Steve Duarte caiem suspeitas de que tenha participado em vídeos e mesmo em execuções no início de 2016. Steve Duarte nega que tenha assistido a execuções.

Em entrevista à RTP, confirma que se cruzou com o grupo de luso-descendentes conhecido como a célula de Leyton, o bairro de Londres onde se terão radicalizado vários jihadistas de origem portuguesa.

Esteve com Fábio Poças que apenas refere pelo nome de guerra Abu AbduRhaan, tal como se refere a Abu Zakaria ( Edgar Costa) ou Abu Issa ( Celso Costa). “Há 3 anos que tentava abandonar o Daesh, mas tinha receio de fazer algum contato que fosse interceptado pelos Serviços Secretos do Estado islâmico. Podiam-me acusar de espião, matar ou meter na prisão”

Afirma que todos esses combatentes luso-descendentes do Daesh foram mortos.

Steve Duarte foi capturado pelas forças curdas no assalto ao último reduto do Estado Islâmico, Banghouz, este ano.

Fala da mulher e dos filhos pequenos que estão em campos de detenção da Síria e espera voltar à Europa com toda a família.

Expressa saudades da mãe a quem deixou uma carta de quatro páginas a explicar a sua decisão de abandonar o Luxemburgo em 2014.

Pede desculpa pelos seus erros e pelas dificuldades que possa ter causado à família. Lembra a tia e a avó que vivem em Portugal onde o jihadista chegou a vir passar férias.

E assume que teve uma relação difícil com a mãe mas anseia voltar a casa e ajudar. Caso regresse ao Luxemburgo pende sobre Steve Duarte um mandado de captura internacional.

Em excerto da reportagem que pode ver na totalidade, hoje, no Telejornal.
pub