Macau baixa nível de alerta após passagem do maior tufão do ano
Macau baixou hoje o nível de alerta de tempestade de 8 para 3, no momento em que o maior tufão do ano se afasta do território, após causar pelo menos 27 mortos nas Filipinas e em Taiwan.
O tufão Ragasa, que obrigou as autoridades a emitirem o sinal de alerta 10, encontra-se já a cerca de 300 quilómetros do antigo território administrado por Portugal, segundo os Serviços Meteorológicos e Geofísicos de Macau, que ainda assim alertam para a instabilidade do tempo pelo menos até quinta-feira, com aguaceiros e ventos fortes, bem como para a ocorrência de trovoadas.
Com a emissão do sinal 3, a Proteção Civil indicou que serão retomados os serviços de transportes públicos, bem como a circulação nas pontes entre a península e as ilhas, para além de serem reabertos os serviços fronteiriços e os casinos da capital mundial do jogo.
A mesma Proteção Civil deu conta de que foram registadas mais de 250 ocorrências à passagem do Ragasa, tendo-se verificadas inundações nas zonas baixas da cidade, com a Companhia de Eletricidade de Macau (CEM) a cortar a energia nas zonas do Porto Interior, Praça de Ponte e Horta, Barra e Patane. Mais de 650 pessoas recorreram aos centros de acolhimento, segundo as autoridades, que suspenderam desde terça-feira as aulas por razões de segurança.
Quase 1,9 milhões de pessoas foram realojadas na província chinesa de Guangdong, vizinha de Macau, para onde se dirige aquele que foi descrito como um dos maiores tufões na Ásia nos últimos anos.
A escala de alerta de tempestades tropicais é formada pelos sinais 1, 3, 8, 9 e 10, com a emissão a depender da proximidade da tempestade e da intensidade do vento.
Em setembro de 2018, o tufão Mangkhut provocou 40 feridos e inundações graves em Macau. Um ano antes, o Hato, considerado o pior tufão em mais de 50 anos a atingir o território, causou dez mortos e 240 feridos.