Mais de vinte soldados burundianos que combatiam o grupo armado M23 e os seus aliados ruandeses ao lado do exército congolês no leste da República Democrática do Congo (RDCongo) foram mortos nos confrontos de segunda e terça-feira,
"Infelizmente, perdemos cerca de vinte soldados e uma dúzia de outros ficaram feridos quando o M23 e os soldados ruandeses lançaram um ataque às nossas posições em Kaziba, nas montanhas com vista para a planície de Ruzizi", disse à agência de notícias France Press um oficial superior do Burundi, sob condição de anonimato.
Kaziba situa-se a cerca de 80 quilómetros a noroeste de Uvira, uma cidade na ponta noroeste do Lago Tanganica, que dá para a capital económica do Burundi, Bujumbura.
"Estes combates duraram dois dias, segunda e terça-feira, até que os nossos soldados, que tinham sido cercados, conseguiram sair", acrescentou.
Mas, na dificuldade, tiveram de "deixar para trás o chefe de operações do 10º batalhão da TAFOC (força de intervenção), o major Claude Ndikumana, que tinha sido ferido" e foi capturado, acrescentou esta fonte.
Os rebeldes do M23, que afirmam lutar para defender os interesses da população tutsi do leste da RDCongo, são apoiados por cerca de 4 mil soldados ruandeses, segundo os especialistas.
Desde 2021, assumiram o controlo de vastas faixas de território nas províncias de Kivu do Norte e Kivu do Sul, que partilham fronteira com o Ruanda.
Numa ofensiva relâmpago nos últimos meses, apoderou-se de Goma no final de janeiro e de Bukavu, em meados de fevereiro, as capitais, respetivamente, daquelas duas províncias.