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Mais de 430 pessoas mortas no Estado do Rio de Janeiro
O número de mortes provocadas pelas fortes chuvas e consequentes deslizamentos que desde terça-feira afetam a zona serrana do Rio de Janeiro aumentam a cada minuto. De acordo com a TV Globo, as equipas de socorro recolheram 175 vítimas em Teresópolis, 39 em Petrópolis, 17 em Sumidouro e 201 em Nova Friburgo, incluindo três bombeiros. A presidente Dilma vai hoje sobrevoar a região atingida pela intempérie.
Mais de 1000 homens, entre elementos dos bombeiros, defesa civil e prefeitura, tentam encontrar pessoas ou cadáveres, contando com a ajuda de nove helicópteros. O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, solicitou o envio de soldados especializados em salvamentos e equipas para remover lodo nas estradas, acrescenta a agência Efe.
As equipas de socorro ainda não conseguiram chegar a todas as localidades atingidas, sendo possível o acesso a determinados locais apenas por helicóptero. De acordo com a página online do “Folha de São Paulo”, estão vedados à circulação vários pontos da BR-116, entre Teresópolis e Além Paraíba, e da BR-495, entre Petrópolis e Teresópolis. Outras vias foram atingidas por deslizamentos de terras e obrigam a desvios.
A presidente viaja hoje para o Rio de Janeiro, de onde sairá para sobrevoar as áreas afetadas. Após contacto com o governador do Estado, Dilma Rousseff decidiu autorizar de imediato cerca de 360 milhões de euros para responder à emergência e prometeu “toda a ajuda disponível”. A visita poderá dar origem a novas formas de apoio.
As operações de bombeiros e defesa civil estão a ser coordenadas no terreno pelo vice-governador Luiz Fernando Pezão, que classifica a situação de “muito grave”.
A queda de chuva, que começou durante a tarde de terça-feira, intensificou-se na noite desse mesmo dia. Na madrugada seguinte a pluviosidade atingiu 310 milímetros, sendo que cada milímetro representa um litro de água por metro quadrado. Este valor é três vezes superior ao das chuvas que atingiram Angra dos Reis no ano passado.
Equipas de resgate operam nas três cidades
As imagens recolhidas mostram deslizamentos nas encostas e Teresópolis declarou o estado de calamidade pública. Madame Machado, Brejal e Vale do Cuiabá estão entre outras áreas críticas.

A localidade de Teresópolis foi a mais atingida e o bairro Caleme apresenta um dos cenários de maior destruição. “O que aconteceu foi uma combinação de catástrofe natural com a irresponsabilidade histórica de alguns prefeitos. Alguns, inclusive, estimularam a ocupação nas encostas. Eu, como ministro (do Meio Ambiente), dobrei a área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos”, declarou Carlos Minc ao “Globo”.
A região do Vale do Cuiabá, em Petrópolis, ficou completamente isolada, uma vez que não há telefone e a chuva destruiu uma ponte. Chegam relatos de “um mar de lama” que se formou após o temporal que durante a madrugada caiu sobre a região.
“Moro aqui há 25 anos. Nunca tinha visto algo assim. Moro em um local alto, mas quando olho para baixo só vejo um mar de lama. A maioria das pessoas se salvou subindo em árvore ou correndo para lugares mais altos”, descreveu um morador ao “Folha de São Paulo”.
As equipas têm como principal missão resgatar o máximo de pessoas com vida em Nova Friburgo, que tem cerca de 200 mil habitantes. “É literalmente uma situação de guerra. O nosso maior problema é que estamos sem comunicações”, lamentava o coronel Mori.
“Sobrevoei a cidade e tem muitos pontos a que o nosso pessoal não consegue chegar. Há dezenas de deslizamentos (…) Foi uma calamidade, isso nunca aconteceu na cidade”, acrescentou o comandante da corporação de bombeiros.
A cidade está sem luz, os transportes públicos não circulam e a população deixou as habitações em risco, provocando filas nos postos de gasolina. O seu objetivo é deixar a região devido à possibilidade de novos desabamentos.
As chuvas torrenciais estão a atingir também os Estados de S. Paulo e de Minas Gerais, onde há um número indeterminado de mortes e prejuízos ainda por calcular.
As equipas de socorro ainda não conseguiram chegar a todas as localidades atingidas, sendo possível o acesso a determinados locais apenas por helicóptero. De acordo com a página online do “Folha de São Paulo”, estão vedados à circulação vários pontos da BR-116, entre Teresópolis e Além Paraíba, e da BR-495, entre Petrópolis e Teresópolis. Outras vias foram atingidas por deslizamentos de terras e obrigam a desvios.
A presidente viaja hoje para o Rio de Janeiro, de onde sairá para sobrevoar as áreas afetadas. Após contacto com o governador do Estado, Dilma Rousseff decidiu autorizar de imediato cerca de 360 milhões de euros para responder à emergência e prometeu “toda a ajuda disponível”. A visita poderá dar origem a novas formas de apoio.
As operações de bombeiros e defesa civil estão a ser coordenadas no terreno pelo vice-governador Luiz Fernando Pezão, que classifica a situação de “muito grave”.
A queda de chuva, que começou durante a tarde de terça-feira, intensificou-se na noite desse mesmo dia. Na madrugada seguinte a pluviosidade atingiu 310 milímetros, sendo que cada milímetro representa um litro de água por metro quadrado. Este valor é três vezes superior ao das chuvas que atingiram Angra dos Reis no ano passado.
Equipas de resgate operam nas três cidades
As imagens recolhidas mostram deslizamentos nas encostas e Teresópolis declarou o estado de calamidade pública. Madame Machado, Brejal e Vale do Cuiabá estão entre outras áreas críticas.
A localidade de Teresópolis foi a mais atingida e o bairro Caleme apresenta um dos cenários de maior destruição. “O que aconteceu foi uma combinação de catástrofe natural com a irresponsabilidade histórica de alguns prefeitos. Alguns, inclusive, estimularam a ocupação nas encostas. Eu, como ministro (do Meio Ambiente), dobrei a área do Parque Nacional da Serra dos Órgãos”, declarou Carlos Minc ao “Globo”.
A região do Vale do Cuiabá, em Petrópolis, ficou completamente isolada, uma vez que não há telefone e a chuva destruiu uma ponte. Chegam relatos de “um mar de lama” que se formou após o temporal que durante a madrugada caiu sobre a região.
“Moro aqui há 25 anos. Nunca tinha visto algo assim. Moro em um local alto, mas quando olho para baixo só vejo um mar de lama. A maioria das pessoas se salvou subindo em árvore ou correndo para lugares mais altos”, descreveu um morador ao “Folha de São Paulo”.
As equipas têm como principal missão resgatar o máximo de pessoas com vida em Nova Friburgo, que tem cerca de 200 mil habitantes. “É literalmente uma situação de guerra. O nosso maior problema é que estamos sem comunicações”, lamentava o coronel Mori.
“Sobrevoei a cidade e tem muitos pontos a que o nosso pessoal não consegue chegar. Há dezenas de deslizamentos (…) Foi uma calamidade, isso nunca aconteceu na cidade”, acrescentou o comandante da corporação de bombeiros.
A cidade está sem luz, os transportes públicos não circulam e a população deixou as habitações em risco, provocando filas nos postos de gasolina. O seu objetivo é deixar a região devido à possibilidade de novos desabamentos.
As chuvas torrenciais estão a atingir também os Estados de S. Paulo e de Minas Gerais, onde há um número indeterminado de mortes e prejuízos ainda por calcular.