Mais seis pessoas assassinadas na Colômbia em vaga de massacres

por Lusa
Reuters

Pelo menos seis pessoas foram assassinadas numa zona rural no departamento de Cauca, na Colômbia, no segundo massacre registado em poucos dias, informaram as autoridades na sexta-feira.

"Está confirmado. São seis pessoas que foram assassinadas hoje [sexta-feira] por desconhecidos em Uribe", pequena povoação do município de El Tambo, disse o presidente da autarquia, Carlos Vela, à agência de notícias espanhola Efe.

Vela acrescentou que dois dias antes duas pessoas foram assassinadas em Uribe, "com o que já são oito mortos".

A procuradoria também informou que cinco pessoas foram mortas por desconhecidos numa zona rural da província de Arauca, que faz fronteira com a Venezuela.

Nas últimas semanas, a Colômbia registou vários massacres nos departamentos de Nariño e Vale do Cauca.

O mais recente ocorreu na terça-feira, quando três indígenas da comunidade Awá foram assassinados na reserva Pialapi-Pueblo Viejo, situada numa zona rural remota, a cerca de nove horas da sede municipal de Ricaurte, no departamento de Nariño.

Três dias antes, oito jovens entre os 19 e os 25 anos foram massacrados por assaltantes desconhecidos na aldeia de Santa Catalina, perto da sede municipal de Samaniego, também em Nariño, onde horas antes uma mulher de 26 anos tinha sido morta, também por desconhecidos.

Em 11 de agosto, cinco adolescentes foram mortos em Cali, principal cidade do sudoeste do país, todos com idades entre os 14 e os 15 anos, num campo de cana-de-açúcar.

O massacre dos cinco jovens, que foram baleados e encontrados com sinais de tortura, gerou o repúdio dos colombianos, que exigem justiça.

Em Nariño operam diversos grupos armados ilegais, incluindo guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN), dissidentes das FARC e numerosos gangues dedicados ao tráfico de drogas.

Em 17 de agosto, as Nações Unidas reportaram 33 massacres este ano na Colômbia e condenaram "energicamente" a espiral de violência em curso no país.

Em comunicado, a ONU apontou que as matanças ocorreram em territórios onde operam grupos armados e domina a economia subterrânea, a pobreza e "uma presença limitada do Estado".

A ONU classifica como "massacre" o homicídio de pelo menos três pessoas no mesmo momento pelo mesmo autor ou grupo de autores.

 

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