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Mais uma baixa nas equipas de Donald Trump

por Paulo Alexandre Amaral - RTP
Jonathan Ernst, Reuters

Demitiu-se esta quinta-feira o advogado principal da equipa de defesa do Presidente norte-americano no dossier do alegado conluio com o Kremlin durante a campanha das presidenciais norte-americanas. De acordo com o New York Times, que avançou com a notícia com base em duas fontes, John Dowd decidiu sair por considerar que Donald Trump ignorava constantemente os seus conselhos nesta matéria. A saída de Dowd acontece escassos dias após a equipa de advogados ser integrada pelo antigo procurador Joseph diGenova.

John Dowd confirmou as notícias avançadas pelo NYT em declarações à Associated Press. Sem qualquer ideia de uma saída em conflito com Trump ou o resto da equipa, Dowd deixou uma breve nota: “Adoro o Presidente e desejo-lhe tudo do melhor”.

Trata-se da segunda baixa de vulto na equipa de defesa de Donald Trump, já que o próprio John Dowd assumiu o cargo anteriormente ocupado pelo procurador de Nova Iorque, Marc Kasowitz, até ao último verão.

A saída de John Dowd coincide com a entrada de um novo advogado para a equipa que defende Trump no processo do procurador especial Robert Mueller. Joseph diGenova deverá radicalizar a tese da defesa, atirando-se ao FBI e ao Departamento de Estado. DiGenova deverá explorar a ideia de que o Bureau e o Departamento de Estado têm vindo a visar o Presidente com falsas acusações neste dossier do conluio com o Kremlin.

DiGenova – cuja chegada à defesa de Trump foi anunciada pelo também adviogado do Presidente Jay Sekulow – deverá visar Robert Mueller, procurando destruir a sua credibilidade.

Recentemente, Joseph diGenova acusou os responsáveis do FBI de levarem a cabo um plano para exonerar Hillary Clinton relativamente à questão das contas de correio eletrónico da ex-candidata democrata na corrida de 2016 à Casa Branca. Da mesma forma, disse, essa equipa procurou “tramar” Donald Trump por crimes que não foram cometidos.

O procurador especial Robert Mueller chefia a equipa que está a investigar a alegada interferência de Moscovo nas presidenciais americanas de 2016 e também o alegado conluio entre elementos da campanha Trump com cidadãos russo próximos do Kremlin e de Vladimir Putin.

Nas últimas semanas, Dowd e Sekulow estiveram em negociações com a equipa de Mueller para uma possível conversa do procurador especial com Donald Trump. Em cima da mesa esteve mesmo o guião de questões a que poderia ser submetido o Presidente. Trump admitiu estar preparado para o encontro, mas a sua equipa teme o alcance do interrogatório e o teor das questões que lhe possam vir a ser colocadas.
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