Manobras navais conjuntas entre Seul, Tóquio e Washington

Seul, 03 abr (Lusa) - A Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos realizaram hoje exercícios navais conjuntos para detetar e contrariar a ameaça de mísseis estratégicos mar-terra, disparados por submarinos norte-coreanos, anunciou o Ministério da Defesa sul-coreano.

Lusa /
Reuters

Pyongyang está a tentar desenvolver mísseis balíticos intercontinentais capazes de transportar ogivas nucleares até território continental dos Estados Unidos.

A Coreia do Norte efetuou já cinco testes nucleares, dois dos quais em 2016.

As manobras trilaterais, que se prolongam por três dias e envolvem 800 militares, foram lançadas depois de o Presidente norte-americano, Donald Trump, ter afirmado estar pronto "a resolver" sozinho o problema norte-coreano, sem a ajuda da China, de acordo com declarações publicadas no domingo pelo jornal Financial Times.

Os exercícios começaram ao largo do sul da península coreana, com contratorpedeiros e helicópteros especializados na luta contra submarinos, precisou o Ministério.

O objetivo é "garantir uma resposta eficaz à ameaça submarina do Norte, nomeadamente aos mísseis mar-terra balísticos estratégicos (MSBS), e mostrar "a forte determinação de três países", acrescentou.

As tensões agravaram-se na península coreana, devido ao presumível incremento dos programas nuclear e balístico de Pyongyang. Alguns peritos receiam que possa estar iminente um sexto teste nuclear.

Em fevereiro, Pyongyang disparou simultaneamente quatro mísseis, três dos quais terminaram a trajetória perto do Japão. A Coreia do Norte explicou tratar-se de um exercício em caso de ataque contra as bases norte-americanas no arquipélago.

No final de agosto de 2016, a Coreia do Norte disparou, a partir de um submarino, um míssil que percorreu meio milhar de quilómetros em direção ao Japão, o que foi considerado pelos observadores um claro progresso dos programas balísticos de Pyongyang.

Apesar de sublinharem os progressos norte-coreanos, os peritos consideram que a Coreia do Norte está ainda longe de dominar a tecnologia MSBS.

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