Durante o sábado, foram descobertos e recuperados ao mar os dois primeiros cadáveres, dois corpos que pertenciam a duas vítimas do sexo masculino, segundo as indicações avançadas pelas autoridades brasileiras.

Depois, durante o segundo dia do fim-de-semana, outros 15 cadáveres foram avistados e recolhidos pelas equipas de resgate que estão a trabalhar 70 quilómetros a Sul do local onde o A330 enviou a última mensagem antes de desaparecer dos radares com 228 pessoas a bordo.

Com a expectativa de recolher mais corpos de passageiros nas próximas horas, do Brasil há ainda a indicação do porta-voz da Força Aérea Brasileira (FAB), o tenente-coronel Henry Munhoz, de que da água foram retiradas dezenas de pedaços do Airbus acidentado.

Identificação das vítimas através do ADN
De acordo com este oficial, nove corpos foram recolhidos pela fragata brasileira Constituição e outros oito pela fragata francesa Ventôse, tendo ainda sido recuperados "dezenas de destroços da estrutura" do AF 447.

Quatro dos nove corpos a bordo do vaso brasileiro pertencem a indivíduos do sexo masculino, enquanto outros quatro são do sexo feminino e um outro impossível de definir. Quanto aos cadáveres a bordo da Ventôse, não foi divulgada qualquer indicação.

Cadáveres e objectos deverão agora rumar à Ilha Fernando de Noronha, para posterior trasladação dos corpos para a cidade de Recife.

É nesta cidade costeira que deverá ser feita a identificação das vítimas, processo em que deverá entrar a recolha de ADN dos familiares entretanto realizada.

De acordo com as indicações, a maioria dos corpos e dos destroços foram resgatados a cerca de 1150 quilómetros da cidade do Recife, na costa nordeste do Brasil.

Recolhidos objectos pessoais dos passageiros
De acordo com o coronel Henry Munhoz, foram recolhidos do mar "centenas de objectos" pertencentes aos passageiros. O porta-voz da FAB recusou-se contudo a desvendar mais pormenores sobre essa recolha, em respeito pela estabilidade emocional dos familiares dos passageiros do voo da Air France.

"Quando dizemos que encontrámos uma mala ou um computador portátil, isso gera uma forte apreensão no seio das famílias (das vítimas), razão pela qual a nossa opção foi recolher esse material e entregá-lo aos familiares", explicou o coronel da FAB.