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Marte. Rover Curiosity encontra rocha em formato de coral
O rover Curiosity da NASA tirou imagens a preto e branco de uma rocha na superfície marciana que se parece com um pedaço de coral. O rover encontrou esta rocha de cor clara dentro da Cratera Gale do Planeta Vermelho no final de julho e foi agora revelada pela NASA.
A imagem enviada do rover Curiosity a 24 de julho intrigou os cientistas devido ao formato semelhante a um coral.
Depois de análise, a equipa da NASA explicou que se tratava de uma rocha de cor clara com 2,5 centímetros de largura com “ramos intrincados”, desenhados por erosão do vento.
O Curiosity encontrou este fragmento dentro da Cratera Gale do Planeta Vermelho e captou a imagem através da sua Remote Micro Imager – uma câmara telescópica de alta resolução.
Esta rocha junta-se a mais uma série de outras provas que documentam a existência de água em Marte.
“O rover Curiosity já encontrou muitas rochas como esta, que foram formadas por água antiga combinada vento que, durante milhões de anos, lançou jatos de areia” argumentou a NASA.
Em Marte, as rochas em forma de coral começaram a formar-se há mil milhões de anos, quando o Planeta Vermelho ainda tinha água, de acordo com a Agência Espacial norte-americana.
Tal como na Terra, esta água marciana estava cheia de minerais dissolvidos que penetravam em pequenas fendas de rochas onde, gradualmente iam sendo depositados minerais e formando "veias" sólidas dentro dessas rochas.
Essas veias formaram os sinuosos ramos em forma de coral, como se observa na imagem agora enviada pelo Curiosity, após milhões de anos de erosão por ventos carregados de areia a desgastarem a rocha e produzindo estas formas únicas.
Curiosity circula em Marte há 13 anos
Curiosity circula em Marte há 13 anos
Este rover pousou em Marte em agosto de 2012, na Cratera Gale, uma cratera de impacto de meteóros na fronteira entre as terras altas do sul do Planeta Vermelho e as planícies lisas do norte. Levava na bagagem a pergunta: "Marte poderá ter abrigado vida?”
Rover Curiosity em Marte | NASA
A missão do Curiosity, liderada pelo Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, na Califórnia, continua a ser o levantamento da superfície marciana. Pretende-se procurar sinais da existência de vida em algum momento do passado distante.
Até agora, o Curiosity já cruzou cerca de 35 quilómetros da cratera que tem 154 km. O trajeto é sinuoso, obrigando o rover a mover-se lentamente. O trabalho do veículo passa também por perfurar rochas, recolher amostras e outros dados.
Das explorações do Curiosity destacam-se os indícios encontrados da existência de vida como as longas cadeias de carbono em rochas com 3,7 mil milhões de anos e sinais de que Marte já teve um ciclo de carbono, explica a NASA.