As questões raciais e a violência policial por motivos racistas continuam presentes na sociedade norte-americana, mas segundo um novo vídeo divulgado nas redes sociais no fim de semana, podem afetar até quadros do Exército. Um médico militar, e segundo-tenente das Forças Armadas norte-americanas, foi perseguido, mandado parar por agentes policiais e pulverizado com gás pimenta. O agente envolvido no incidente foi demitido e o governador do Estado de Virgínia ordenou uma investigação independente do caso.
Black Army officer held at gunpoint in his car: “I’m honestly afraid to get out.”
— Qasim Rashid, Esq. قاسم رشید (@QasimRashid) April 10, 2021
Cop: “Yeah, you should be.”
Cops then pepper sprayed, beat, & handcuffed Army LT Caron Nazario was while in uniform... then let him go😐
Horrific police violencepic.twitter.com/XMcGHXVKc8
"Estou com medo de sair do carro", afirmou o militar sem sair do carro, acabando por ouvir o polícia a reponder: "Sim. Deve mesmo ter medo".
"O que se passa, rapaz, é que tu estás como se fosses a caminho da cadeira elétrica", respondeu o polícia.
Segundos depois, o agente Joe Gutierrez, que apontava a sua arma a Nazario, pulveriza de gás pimenta a cara do oficial do Exército, que começa a chorar e a praguejar contra os polícias.
Num relatório da noite do incidente, a 5 de dezembro, a polícia alega que o motivo para mandarem parar o veículo de Nazario tinha sido por não ter placa de matrícula.
Contudo, o segundo-tenente explicou que tinha comprado recentemente o carro e, na altura, estava à espera das placas oficiais de matricula. O médico militar alegou ainda que tinha uma placa temporária colada no vidro traseiro e que estava visível.
Já os dois polícias alegam que Nazario ofereceu resistência ao não parar de imediato o carro.
No entanto, Joe Gutierrez foi demitido no domingo, após uma investigação interna determinar que o agente não respeitou os protocolos e as políticas do departamento da Polícia de Windsor, cidade onde ocorreu o incidente.
"A nossa comunidade fez um trabalho importante na reforma da polícia, mas devemos continuar a trabalhar para garantir que os cidadãos estejam seguros durante as interações com a polícia, a aplicação das leis seja justa e equitativa e as pessoas sejam responsabilizadas", disse Northam através das redes sociais.
O vídeo foi amplamente divulgado nas redes sociais e nos meios de comunicação locais, e são apontadas questões raciais como possíveis causas do incidente.