Médicos cabo-verdianos e brasileiros cooperam na formação

A Ordem dos Médicos de Cabo Verde (OMCV) e o Conselho Federal de Medicina (CFM) do Brasil assinaram hoje um protocolo de cooperação que dá primazia à área da formação.

Agência LUSA /

As partes comprometeram-se, através do protocolo, a desenvolver um programa de cooperação académico-científico e de intercâmbio tecnológico "visando a formação pós-graduada de médicos", além do "treino de especialistas" e da troca de missões técnicas.

O acordo prevê a deslocação pontual a Cabo Verde de equipas médicas brasileiras para acções de formação local, a assistência hospitalar e o desenvolvimento da pesquisa em áreas específicas da saúde.

O documento foi considerado pelas partes como uma "resposta prática" ao espírito do Protocolo Geral de Cooperação estabelecido em Janeiro, em Lisboa, que criou a Comunidade Médica de Língua Portuguesa (CMLP).

Tanto o bastonário da OMCV, Luís Leite, como o presidente do CFM, Edson Andrade, consideraram que se trata de um "passo importante" no estreitamento das relações entre as classes médicas dos dois países.

Resta agora "pôr em prática" o que ficou formalmente acordado, referiu Luís Leite, adiantando que a organização que dirige já tem "ideias formuladas" quanto a acções concretas a desenvolver no imediato, ao abrigo do protocolo.

O bastonário cabo-verdiano identificou algumas das especialidades em que o arquipélago enfrenta maiores carências, adiantando que os programas a desenvolver deverão privilegiar os jovens médicos, uma vez que os especialistas existentes já estão em final de carreira.

Segundo Edson Andrade, a instituição brasileira está disposta a apoiar a congénere cabo-verdiana "de acordo com as suas próprias necessidades".

O protocolo foi assinado na presença do embaixador do Brasil em Cabo Verde, que garantiu "forte empenho" e se mostrou confiante em "resultados palpáveis" dentro de pouco tempo.

O bastonário da Ordem dos Médicos de Cabo Verde (com cerca de 300 membros) foi convidado a visitar o Brasil em Setembro para iniciar algumas acções no âmbito do protocolo com o Conselho Federal de Medicina do Brasil, que congrega mais de 300 mil associados.


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