Medusa gigante apareceu numa praia da Austrália

Uma medusa gigante, ainda não classificada, apareceu esta semana numa praia australiana, disseram hoje cientistas. O animal, uma grande massa viscosa de 1,5 metros de diâmetro, foi descoberto por uma família na ilha da Tasmânia, no sul da Austrália, que a fotografou e alertou as autoridades.

RTP com Lusa /
A medusa encontrada numa praia da Tasmânia, Austrália, tinha 1,5 de diâmetro DR

Segundo a bióloga Lisa-Ann Gershwin, o ser vivo pode ser uma medusa juba-de-leão, uma espécie que pode atingir até dois metros. Deverá pelo menos pertencer a uma família das medusas do Ártico, cujos números têm estado a explodir desde 2013.

"Conhecemos essa espécie, mas ela ainda não foi classificada", disse à AFP, precisando que os cientistas estão a observar há algumas semanas a proliferação de grandes medusas nas águas da Tasmânia.

As medusas do Ártico podem atingir até três metros de diâmetro. Não só se estão a tornar uma verdadeira praga como estão a crescer para além das suas dimensões já gigantescas.

Um fenómeno que intriga porque tanto pode ser sinal de algo muito preocupante como uma ocorrência isolada.

"Está a passar-se alguma coisa por ali mas não sabemos o que é nem que efeito está a ter," refere Gershwin.

"A super-abundância que observamos o ano passado e este ano é muito rara e não sabemos a que se deve," explica a dra Gershwin. "Não sabemos se houve alguma alteração na água, se esta é a nova normalidade ou se é só um blip."

A praga de medusas está a ser explicada por uma diversidade de teorias, desde o aquecimento das águas até a mudanças na composição química do oceano.

A preocupação alastra às consequências da praga. Cada fêmea produz literalmente milhões de pequenas medusas e todas comem toneladas de plâncton e de ovas e larvas de peixe, o que pode ter consequências alarmantes para o resto da fauna na região.

As medusas podem igualmente tornar-se um perigo imediato. Uma picada da medusa encontrada na praia australiana não foi letal mas magoou bastante, como disse a investigadora, após ter sido atingida.

"Foi como ser ferida por um picador de gelo gigante."

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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