"Medvedev e Obama já conversaram duas vezes por telefone, e não foi uma simples troca de amabilidades, mas uma conversa sobre a essência das nossas relações. De ambos os lados foi confirmada a posição a favor da normalização das relações", declarou Lavrov numa entrevista ao canal televisivo russo TVts.

"Como se expressou o Presidente Obama: é preciso reiniciá-las. E o Presidente Medvedev também sublinhou o desejo de `começar tudo do início`", frisou.

Lavrov afirmou que teve uma conversa telefónica com a secretária de Estado norte-americana Hillary Clinton, com a qual "acordámos no plano prático a data do nosso primeiro encontro pessoal, durante o qual teremos a possibilidade não só de trocar impressões sobre onde nos encontramos, mas também como cumprir o desejo dos dois presidentes de avançar, de reorientar as nossas relações numa base contrutiva, em pé de igualdade e pragmática".

"E isso permitir-nos-á, além de tudo o resto, preparar um primeiro encontro pessoal dos dois presidentes", sublinhou Lavrov.

Fonte diplomática contactada pela Lusa na capital russa considera que "não obstante todas as declarações optismistas, as relações entre Moscovo e Washington não irão ser fáceis, pois as posições de ambas as partes sobre alguns problemas internacionais são muito diversas".

"Por exemplo, Obama manifestou a vontade de reduzir os arsenais nucleares da Rússia e dos Estados Unidos, mas o Kremlin só estará disposto a analisar essa questão se no processo de redução de armamentos nucleares forem incluídas outras potências atómicas como a China, Grã-Bretanha, França, Paquistão e Índia".

JM.

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