Melhoras confirmadas. Estado de saúde do papa "permanece estável"

por RTP
Foto: Giuseppe Lami - Reuters

O papa Francisco continua a registar melhoras no seu estado de saúde. De acordo com as indicações do Vaticano, Francisco "permanece estável". O boletim acrescenta que uma radiografia ao tórax confirmou "as melhoras registadas nos dias anteriores".

O chefe da Igreja Católica de 88 anos, hospitalizado há quase um mês com uma dupla pneumonia, está fora de perigo iminente, segundo os médicos.

Francisco "continuou as suas orações, repouso e terapia respiratória", de acordo com o mais recente boletim de saúde.

Papa é "mestre da esperança"

O cardeal português José Tolentino de Mendonça considerou o Papa Francisco como um "mestre da esperança", num mundo onde decorre uma "terceira guerra mundial em pedaços".

Numa celebração eucarística pela saúde do Papa a que presidiu esta quarta-feira na Igreja de Santo António dos Portugueses, em Roma, o cardeal avisou que o mundo tem hoje desafios que "são enormes", com "gemidos dolorosos", e Francisco é uma das poucas vozes lúcidas que apresenta uma resposta estrutural.

"Estamos a assistir a uma terceira guerra mundial em pedaços. Mas corramos o risco de pensar que não estamos em agonia, mas em parto; não estamos no fim, mas no início", salientou José Tolentino de Mendonça, que citou por diversas vezes os textos do antigo cardeal de Buenos Aires.

"Rezemos pelo Papa Francisco e pela sua saúde. Mas rezemos também por nós, para que a mensagem profética que ele transmite seja acolhida por nós e gere uma coreografia de esperança no mundo", defendeu.

"Hoje em dia, quando se pede ao cidadão comum que indique os mestres contemporâneos da esperança, um dos nomes mais citados é o do Papa Francisco", disse o cardeal, prefeito do Dicastério para a Cultura e a Educação, considerando o líder da Igreja Católica um "artífice de uma visão fraterna do mundo, ao serviço do bem comum de toda a humanidade".

Na próxima quinta-feira, o Vaticano celebra os 12 anos do pontificado de Francisco, "um incansável profeta da esperança", que representa "uma bússola para o nosso tempo".

"Ao longo dos anos, as suas palavras e gestos" derrubaram "barreiras de incompreensão e contribuíram para a criação de uma ordem internacional mais coesa em torno da necessidade do diálogo e da paz".

c/ Lusa

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