Menina asfixiada antes de atirada de sexto andar - peritos

Brasília, 08 Abr (Lusa) - Uma menina de 5 anos que foi atirada de um sexto andar em São Paulo, onde vive o pai, antes foi espancada e asfixiada mas estava ainda viva quando chegou ao chão, revelaram terça-feira peritos da Polícia Civil.

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De acordo com a TV Globo, a autópsia ao corpo da garota, que será concluída dentro de 15 dias, vai traçar o trajecto da violência sofrida por Isabella Nardoni.

Os peritos já sabem que a menina sofreu um ferimento na testa e que foi vítima de uma tentativa de asfixia, já que seu corpo apresentava lesões no pescoço, manchas no pulmão e no coração e coloração arroxeada nas unhas, orelhas e boca.

As mãos que agrediram Isabella são de uma pessoa adulta mas não foram encontradas marcas de unhas.

Desfalecida, a menina foi atirada do sexto andar do prédio e estava ainda viva quando chegou ao chão, acreditam os legistas.

Na queda, Isabella sofreu uma pequena hemorragia no cérebro e fraturas na bacia e no pulso direito, além de algumas escoriações.

Os especialistas ouvidos pela TV Globo concluíram também que uma pequena palmeira amorteceu o impacto da queda da garota, assim como o relvado e o solo úmido.

Os exames das marcas de sangue encontradas no apartamento do pai da garota, Alexandre Nardoni, 29 anos, ainda não estao concluídos.

Havia marcas de sangue no chão do corredor do apartamento, em frente à porta da cozinha e na tela de protecção do quarto de onde a menina foi atirada.

As imagens divulgadas terça-feira de Alexandre Nardoni e a família a fazerem compras num supermercado horas antes do crime indicam que o pai da menina usava, aparentemente, a mesma roupa com que foi encontrado depois da morte da filha.

O promotor responsável pelo caso no Ministério Público Estadual, Francisco Cembranelli, pediu "cautela e calma" à sociedade para não haver julgamentos precipitados.

Cembranelli não descarta a presença na cena do crime de uma terceira pessoa, além do pai e da madrasta de Isabella, Anna Carolina Jatobá, 24 anos, que estão presos.

"Sei que a sociedade quer respostas. Eu também quero. Mas temos de ter calma suficiente para apresentação de um resultado que satisfaça a todos", afirmou o promotor, depois de se reunir com o delegado responsável pelo caso, Calixto Calil Filho, que voltou a pedir sigilo nas investigações.

CMC.

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