O objectivo da sua renúncia é reforçar a candidatura de José Thomaz Nonô, do Partido da Frente Liberal (PFL, oposição ao governo).

Antes do início da sessão plenária de hoje, mais três deputados tinham retirado as candidaturas: Francisco Dornelles e Vanderley Assis, ambos do Partido Progressista (PP), e João Caldas, do Partido Liberal.

Com a desistência de Temer, a disputa bipolariza-se entre o Thomaz Nonô e o candidato do governo, Aldo Rebelo, do Partido Comunista do Brasil (PC do B), que conta com o apoio do Partido dos Trabalhadores (PT).

Outros quatro candidatos continuam na disputa, entre eles Ciro Nogueira, o herdeiro político do antigo presidente da instituição, Severino Cavalcanti.

A renúncia de Cavalcanti ocorreu na semana passada, na sequência de denúncias de corrupção que o envolviam.

O parlamentar foi acusado de receber dinheiro do empresário Sebastião Buani em 2002 e 2003, quando exercia o cargo de primeiro- secretário da Câmara. Em troca, Buani teria conseguido a renovação até 2005 do contrato do restaurante que explorava na instituição.

Na eleição de hoje na Câmara, o vencedor precisará de obter a maioria absoluta, ou seja, pelo menos 257 votos dos 513 deputados federais brasileiros.

Se ninguém conseguir essa votação, realizar-se-á uma segunda volta, ainda hoje.

Neste segundo escrutínio, é exigida maioria simples, isto é, os votos da metade mais um dos deputados presentes.

O vencedor deverá ficar no cargo até ao final de 2006.