A Croácia é a nova rota para os migrantes se dirigirem ao centro da Europa. O ministro croata do Interior, Ranko Ostojic, anunciou que o número está a aumentar e que até ao fim da manhã tinham já entrado no país 227 pessoas a partir da Servia.
A maioria dos refugiados atravessa os campos a pé. E existe a possibilidade de pisarem alguma mina deixada pela guerra de secessão de 1991-95 entre a Croácia e a federação jugoslava.
As autoridades já enviaram especialistas em desminagem para a área que está a ser usada pelos migrantes para entrar na Croácia.
"A polícia contactou-nos e enviamos uma equipa para a área fronteiriça no leste da Croácia", garantiu à Reuters sob anonimato um responsável do centro de desminagem do país.
Todo o apoio
O Governo croata já garantiu todo o apoio aos migrantes. "É claro que as pessoas não desejam ficar na Croácia", afirmou no Parlamento.
A Sérvia começou igualmente a usar autocarros para transportar migrantes até Sid, junto à Croácia.
É uma forma de aliviar a pressão junto à fronteira com a Hungria, onde uma barreira impede desde a meia noite de segunda-feira a passagem de milhares de refugiados.
Apesar das garantias de Milanovic, o presidente croata, Kolinda Grabar Kitarovic, convocou uma reunião do Conselho de Segurança Nacional para lidar com a crise dos migrantes.
"Agora que a crise se torna cada vez mais complexa a cada dia que passa, devo precaver as consequências da vaga de migrantes e as suas potenciais consequências sociais, económicas e de segurança", referiu um comunicado da presidência.
"É necessário convocar uma reunião do Conselho de Segurança Nacional sobre esta questão", conclui o comunicado. A reunião poderá decorrer sexta-feira ou terça-feira da próxima semana.