Milhares de norte-americanos saem à rua contra Trump
Milhares saíram às ruas dos Estados Unidos, de Nova Iorque (leste) até Los Angeles (oeste), em oposição às políticas do presidente Donald Trump e para denunciar a sua alegada tirania.
Os protestos ocorreram na quinta-feira, no 1.º de maio, que não é uma data de tradicional mobilização em massa nos Estados Unidos como é na Europa.
Mas dezenas de sindicatos locais e organizações da sociedade civil aproveitaram este Dia Internacional do Trabalhador para defender os direitos da classe trabalhadora e dos imigrantes diante da ofensiva do líder norte-americano.
"Acreditamos que os ultra-ricos estão a tomar conta deste país e a atacar a classe trabalhadora e a classe média", disse Shane Riddle à agência de notícias France-Press (AFP), num comício em frente à Casa Branca, em Washington (leste).
O homem de 54 anos, que trabalha para um sindicato de educação na Virgínia, teme que os Estados Unidos se possam transformar "num governo autoritário se os cidadãos não enfrentarem o presidente e os seus aliados bilionários", argumentou, segurando um cartaz e o punho erguido.
Preocupação generalizada
Muitas pessoas manifestaram-se pela primeira vez neste 1.º de maio. Mas os vários comícios na capital reuniram apenas algumas centenas de manifestantes, números semelhantes em Nova Iorque e vários milhares em Los Angeles, de acordo com fotógrafos da AFP.
"Hoje, na América, um único homem, Elon Musk, possui mais riqueza do que os 52% mais pobres das famílias americanas", declarou o senador independente do estado do Vermont (nordeste), uma figura de destaque da esquerda norte-americana.
Esses protestos acontecem num momento em que o Partido Democrata, em minoria no Congresso, o parlamento dos Estados Unidos, luta para encontrar uma estratégia eficaz para se opor a Donald Trump.