De acordo com a Scotland Yard, cerca de 15 mil pessoas responderam ao a pelo da coligação Stop the War (Párem a Guerra) e marcharam pelas ruas da capita l inglesa, desde a praça do Parlamento até Trafalgar Square.

Os organizadores contrariaram esta versão, garantindo que estiveram pre sentes entre 80 a 100 mil pessoas, tal como tinham previsto na semana anterior a o protesto.

O evento acabou com discursos de vários políticos de esquerda e do mayo r de Londres, Ken Livingstone, que mais uma vez se distanciou das posições do Pa rtido Trabalhista, a que pertence, e criticou abertamente "as atrocidades cometi das no Iraque".

Antes disso, e sob o olhar atento de centenas de agentes da polícia, os manifestantes marcharam durante mais de três horas pelo centro de Londres, apes ar de os termómetros registarem temperaturas médias de três graus centígrados.

Com o lema "Iraque, nem mais uma gota de sangue" estampado em milhares de cartazes, os activistas também gritaram as habituais palavras de ordem contra o primeiro-ministro britânico, Tony Blair, e o presidente norte-americano, Geor ge W. Bush, e recolheram assinaturas para um documento em que se pede a formação de um tribunal de guerra para julgar os crimes das forças de coligação no Iraqu e.

Em relação a anteriores protestos que se realizaram em Londres desde 20 03, a novidade foi o tema do Irão, devido à controvérsia suscitada pelo programa nuclear de Teerão. Muitos cartazes do movimento anti-guerra tinham frases como "Mais um passo e o povo dispara".

Hugo Chávez, o presidente venezuelano, adquiriu também estatuto de figu ra de culto entre os activistas, já que milhares de manifestantes optaram por ut ilizar camisolas com a sua cara estampada ou algumas das suas citações mais famo sas.

O governo britânico anunciou esta semana que 800 soldados destacados no Iraque serão brevemente retirados do território, pelo que o contingente britâni co ficará reduzido a cerca de 7.200 militares, o segundo maior, a seguir ao dos Estados Unidos.