Ministério do Interior envia reforço policial para a Catalunha

por RTP
Jon Nazca - Reuters

O Ministério do Interior espanhol comunicou ao governo catalão a mobilização de reforços da Policía e Guardia Civil para dar apoio aos Mossos d’Esquadra.O reforço policial tem como missão manter a ordem pública e atuar no caso de se manter o referendo.

De acordo com um comunicado do Ministério do Interior, o reforço da Policía e Guardia Civil terão como funções a vigilância do espaço público e a manutenção da ordem, mas é assumido que “atuarão em caso de se manter o referendo ilegal”. Serão cerca de seis mil operacionais a ser mobilizados.

As forças de segurança agora mobilizadas vão dar apoio aos Mossos d’Esquadra, a polícia local da Catalunha e que estão encarregues dessas funções. A mobilização de forças de segurança surge para “dar cumprimento” à instrução da Procuradoria do passado dia 8 de setembro para activar todas as atuações necessárias para impedir a realização do referendo, que está previsto para o próximo dia 1 de outubro.

O El Pais revela que os polícias e guardas têm vindo a chegar à Catalunha nos últimas semanas, de acordo com um plano progressivo de segurança para a Catalunha, elaborado com “o máximo sigilo” pelo Ministério do Interior.

O reforço policial deverá ficar hospedado em cruzeiros durante cerca de duas semanas.




Entretanto, Jordi Turull, da Presidência da Generalitat, anunciou que Josep Maria Jové vai cessar funções como secretário-geral da Vice-Presidência, Economia e Finanças para tentar “escapar” a uma multa de 12.000 euros do Tribunal Constitucional, revela o El Pais e o El Mundo.

O TC impôs esta quinta-feira uma multa coerciva diária para os cinco membros titulares da Comissão Eleitoral catalã, o órgão que pretende levar a cabo o referendo sobre a autodeterminação da Catalunha. Entre os sancionados está Josep Maria Jové, o número dois de Junqueras, máximo responsável pela administração eleitoral catalã e que foi detido na quarta-feira pela Guardia Civil na Operação Anubis, a operação policial que foi desenvolvida para combater a organização da consulta popular.
Tribunal catalão vai ouvir implicados no referendo
Seis dos 14 detidos por envolvimento na preparação do referendo na Catalunha vão ser presentes hoje a um juiz tendo sido transportados para o tribunal pela Guarda Civil, disseram à EFE fontes oficiais.

Os seis implicados foram transferidos das instalações da Guarda Civil, no centro de Barcelona, sob fortes medidas de segurança para o edifício do Tribunal de Instrução n.º 13, na capital da catalã por volta das 07h00 (06h00 em Lisboa).

O até agora secretário-geral da vice-presidência da Generalitat, Josep Maria Jové e o secretário do Departamento de Finanças, Lluis Salvadó fazem parte do grupo dos seis detidos que vão ser ouvidos hoje pelo juiz Juan Antonio Ramírez, que decretou as buscas realizadas esta semana, na Catalunha.

Na quarta-feira realizaram-se buscas em organismos oficiais e empresas privadas tendo sido apreendidos documentos e diverso material relacionado com a realização do referendo marcado pelos separatistas para o dia 1 de outubro, mas que foi suspenso pelo Tribunal Constitucional.

Os detidos foram acusados de delitos de desobediência, má gestão de fundos públicos e sedição, incorrendo a penas que podem chegar aos 15 anos de cadeia.

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