Ministro da Defesa israelita avisa que não tolerará opção nuclear do Irão

O ministro israelita da Defesa, Shaoul Mofaz, advertiu hoje que Israel não tolerará, em qualquer caso, que o Irão "se dote da opção nuclear", embora reafirmando a prioridade da acção diplomática.

Agência LUSA /

"Damos prioridade, nesta fase, à acção diplomática (...) mas, em todos os casos, não poderemos tolerar uma opção nuclear para o Irão e deveremos prepararmo-nos» para fazer face a isso, disse Mofaz, na abertura de um colóquio público em Herzliya, a Norte de Telavive.

"Devemos desenvolver uma opção de defesa, com tudo o que tal implica", acrescentou o ministro israelita, sem dar mais pormenores.

Terça-feira, o primeiro-ministro interino, Ehud Olmert, afirmara já que o seu país não poderia permitir que alguém (o Irão) com más intenções contra Israel pudesse dominar "uma arma destruidora que pode ameaçar a nossa existência".

Mofaz, ao referir-se à acção diplomática, mencionou a possibilidade de uma intervenção do Conselho de Segurança da ONU e de sanções internacionais.

O ministro advogou ainda que é preciso "levar muito a sério" a ameaça iraniana, a quem acusou de apoiar "o terrorismo" da Síria.

Os receios do Estado hebraico para com o Irão foram reavivados quando, em Outubro, o presidente iraniano exortou a que se "apagasse Israel do mapa".

Segundo informações militares israelitas, o Irão poderá dispor de uma opção nuclear militar no fim deste ano, se as pressões internacionais sobre Teerão não sortirem efeito.

Por seu lado, Israel nunca admitiu dispor de um arsenal nuclear mas peritos estrangeiros afirmam que o país se dotou, ao longo dos anos, de duzentas ogivas nucleares.

O país recusa assinar o tratado de Não-Proliferação Nuclear e submeter a sua central de Dimona a um controlo internacional.

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