Missão de observação da CPLP desde hoje na Guiné Equatorial para acompanhar eleições

por Lusa

A missão de observação da CPLP às eleições de domingo na Guiné Equatorial está a partir de hoje neste país para testemunhar o final da campanha, a votação e o apuramento parcial dos votos, anunciou hoje a organização.

Segundo um comunicado do secretariado-executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), esta missão de observação é chefiada por Maria do Carmo Silveira, ex-primeira-ministra de São Tomé e Príncipe e antiga secretária-executiva da CPLP.

A missão eleitoral às eleições presidenciais, para a câmara dos deputados, para o senado e municipais na Guiné Equatorial estará no país até 23 deste mês, sendo constituída por 15 observadores, designados pelos Estados-membros, pela assembleia parlamentar e funcionários do secretariado-executivo da CPLP.

"Os observadores da CPLP vão testemunhar a fase final da campanha eleitoral, o dia da votação e o apuramento parcial dos votos", lê-se na nota da organização.

A missão irá manter encontros com os partidos candidatos ao ato eleitoral e com as autoridades de administração e gestão eleitoral, designadamente, a Junta Eleitoral.

A Guiné Equatorial é desde 2014 um dos nove Estados-membros da CPLP, mediante alguns compromissos, como a abolição da pena de morte - formalizada em setembro passado -, a introdução do português e maior abertura democrática.

Desde a independência de Espanha em 1968, a Guiné Equatorial é apontada pelas organizações de direitos humanos internacionais como um dos países mais corruptos e repressivos do mundo.

O Presidente Teodoro Obiang concorre a um sexto mandato de sete anos, pela quinta vez, contra Buenaventura Monsuy Asumu, que dirige o Partido da Coligação Social Democrata (PCSD), um partido próximo do regime e aliado crónico do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE), no poder, e vencedor de sucessivas legislativas com mais de 90% dos votos, em eleições sempre contestadas.

Pela primeira vez, o histórico líder do único partido da oposição, Andrés Esono Ondo, presidente da Convergência para a Democracia Social, também concorre ao mais alto cargo do país, ainda que o seu partido tenha já mais de 30 anos. 

 

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