Mohamed Atta reconhecido por 3 testemunhas no julgamento da Al-Qaida em Espanha

O chefe dos pilotos dos atentados suicidas do 11 de Setembro, o egípcio Mohamed Atta, estava em território espanhol em Julho de 2001, confirmaram hoje em Madrid três testemunhas no julgamento da alegada célula da Al-Qaida em Espanha.

Agência LUSA /

José Luís Garrote, empregado de uma sociedade de aluguer de viaturas no aeroporto de Madrid, declarou que o egípcio se dirigiu ao seu guichet em Julho de 2001 para recuperar um veículo cuja reserva fora feita nos Estados Unidos.

Disse ter reconhecido imediatamente o terrorista na televisão depois dos atentados suicidas contra as Torres Gémeas do World Trade Center de Nova Iorque e do Pentágono em Washington.

Um outro funcionário da empresa, Jaime Fernandez, reconheceu também Atta, lembrando-se de ter trocado com ele banalidades em inglês sobre a meteorologia.

O chefe do comando suicida foi também identificado pela recepcionista do hotel Diana Cazadora, em Madrid, Maria José Esteban.

A presença de Mohamed Atta em Espanha algumas semanas antes dos atentados do 11 de Setembro foi atestada pela polícia espanhola.

Depois de chegar a Madrid, deslocou-se a Tarragona (nordeste), onde se terá reunido com dois cúmplices para, segundo a justiça espanhola, ultimar os preparativos do 11 de Setembro.

Terá recebido o apoio de dois dos 24 membros de uma célula da Al-Qaida em Espanha, desmantelada pelo juiz Baltazar Garzon pouco depois dos atentados dos Estados Unidos e cujo processo decorre em Madrid desde Abril.

O alegado chefe desta célula, o sírio Imad Eddin Barakat Yarkas, aliás "Abu Dahdah", e Driss Chebli negaram no julgamento qualquer encontro com Mohammed Atta e qualquer tipo de ajuda nos preparativos dos ataques do 11 de Setembro de 2001 nos Estados Unidos.

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