Mundo
Morte de "streamer" francês durante transmissão em direto está sob investigação
As autoridades francesas estão a investigar a morte de Raphael Graven, conhecido online como Jean Pormanove ou JP, um "streamer" de 46 anos que morreu durante uma transmissão ao vivo nas redes sociais, após meses a ser alvo de desafios violentos e de privação de sono.
O Ministério Público confirmou que abriu uma
investigação judicial para determinar as causas da morte, ocorrida na
vila de Contes, perto de Nice em França, e ordenou a realização de uma
autópsia.
Segundo a imprensa local, o streamer morreu enquanto dormia, depois de ter sido exposto a maus-tratos e humilhações em transmissões que acumulavam milhares de visualizações.
Utilizadores online disseram que o vídeo do homem foi exibido ao vivo pela primeira vez numa plataforma australiana chamada Kick.
As autoridades investigam há oito meses suspeitas de "atos violentos deliberados" contra pessoas vulneráveis que deram origem a vídeos amplamente partilhados na internet, em especial na plataforma Kick, semelhante à rede social Twitch.
Também a ministra francesa para a Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais, Clara Chappaz, classificou o caso como um "horror absoluto" e encaminhou o processo para a Arcom, a agência reguladora dos media em França, e para o Pharos, sistema francês de denúncia de conteúdos ilegais online em França.
Comunidade em choque
Jean Pormanove tinha mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e tornou-se conhecido pelos desafios extremos e transmissões de longa duração.
A notícia da morte foi confirmada por criadores de conteúdo próximos. Um dos parceiros de Graven, conhecido como Naruto, pediu respeito pela sua memória e apelou para que não fossem partilhados clipes do momento da morte.
Outro streamer, Owen Cenazandotti, que recentemente participou numa maratona de transmissão ao lado do francês, reforçou o pedido.
Segundo a imprensa local, o streamer morreu enquanto dormia, depois de ter sido exposto a maus-tratos e humilhações em transmissões que acumulavam milhares de visualizações.
Utilizadores online disseram que o vídeo do homem foi exibido ao vivo pela primeira vez numa plataforma australiana chamada Kick.
As autoridades investigam há oito meses suspeitas de "atos violentos deliberados" contra pessoas vulneráveis que deram origem a vídeos amplamente partilhados na internet, em especial na plataforma Kick, semelhante à rede social Twitch.
Plataformas sob pressão
Em comunicado, a Kick lamentou a morte e disse estar a "rever urgentemente as circunstâncias", acrescentando que as suas diretrizes são "projetadas para proteger os criadores" e que está "comprometida em manter esses padrões em toda a plataforma". "As plataformas têm uma imensa responsabilidade na regulamentação do conteúdo online para que os nossos filhos não sejam expostos a violência", escreveu a comissária francesa para a Infância, Sarah El Haïry, no X.
Em comunicado, a Kick lamentou a morte e disse estar a "rever urgentemente as circunstâncias", acrescentando que as suas diretrizes são "projetadas para proteger os criadores" e que está "comprometida em manter esses padrões em toda a plataforma". "As plataformas têm uma imensa responsabilidade na regulamentação do conteúdo online para que os nossos filhos não sejam expostos a violência", escreveu a comissária francesa para a Infância, Sarah El Haïry, no X.
Também a ministra francesa para a Inteligência Artificial e Tecnologias Digitais, Clara Chappaz, classificou o caso como um "horror absoluto" e encaminhou o processo para a Arcom, a agência reguladora dos media em França, e para o Pharos, sistema francês de denúncia de conteúdos ilegais online em França.
Jean Pormanove tinha mais de um milhão de seguidores nas redes sociais e tornou-se conhecido pelos desafios extremos e transmissões de longa duração.
A notícia da morte foi confirmada por criadores de conteúdo próximos. Um dos parceiros de Graven, conhecido como Naruto, pediu respeito pela sua memória e apelou para que não fossem partilhados clipes do momento da morte.
Outro streamer, Owen Cenazandotti, que recentemente participou numa maratona de transmissão ao lado do francês, reforçou o pedido.