Na Colômbia extraditado para os EUA o traficante colombiano Miguel Orejuela
O traficante de droga colombiano Miguel Rodriguez Orejuela, um dos chefes do já extinto cartel de Cali, foi hoje extraditado para os Estados Unidos, onde será julgado por tráfico de estupefacientes e branqueamento de capitais.
Miguel Orejuela, de 61 anos, também conhecido como "O Senhor", foi entregue a agentes da Agência Anti-droga norte-americana (DEA) hoje numa base militar em Puerto Salgar (a 200 quilómetros da capital Bogotá).
O traficante encontra-se com processos pendentes em tribunais na Florida e em Nova Iorque e foi extraditado para poder responder às acusações de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, escapando às acusações de obstrução à justiça.
Miguel Orejuela junta-se hoje ao seu irmão Gilberto, extraditado no passado Dezembro para o mesmo país.
Ambos tinham sido detidos em Cali a 6 de Agosto de 1995 e dois meses depois, respectivamente.
O presidente colombiano, Álvaro Uribe, autorizou a 01 de Março a extradição do criminoso, após parecer positivo do Supremo Tribunal Colombiano a 27 de Fevereiro.
O primeiro pedido de extradição havia sido recusado há sete anos pois os crimes de que eram acusados os dois irmãos haviam sido cometidos antes de 1997, o que os isentava dessa medida então proibida no país sul-americano.
Os dois irmãos, que em 1998 foram condenados no seu país a 15 anos de prisão, viram as suas penas reduzidas por bom comportamento, tendo estado perto da saída da prisão, não fossem instaurados novos processos.
A família Rodriguez Orejuela começou por ser modesta tendo os seus membros passado de mensageiros, à construção de um império de pequenas farmácias, tendo o negócio passado mais tarde para o tráfico de cocaína e a posse de dezenas de empresas, indústrias, bancos, emissoras e clubes de futebol.
O cartel de Cali chegou a ser responsável por 80 por cento das exportações de cocaína para os Estados Unidos no início dos anos 1990.
Em 1994 a família foi protagonista de um escândalo, ao ser tornado público o financiamento do cartel de Cali à campanha eleitoral do candidato presidencial Ernesto Samper, que ocuparia o cargo até 1998.