Nações Unidas organizam apoio às presidenciais de Timor-Leste

Garantir eleições presidenciais seguras no contexto de covid-19 é o pilar do programa que o PNUD está a desenvolver em Timor-Leste, no apoio à votação, cuja primeira ronda está prevista para 19 de março.

Lusa /
Timor-Leste prepara-se para a realização de eleições presidenciais tranquilas em contexto de pandemia D.R.

"A pandemia tem impacto nas eleições em todo o lado, incluindo em Timor-Leste. A nossa principal preocupação é criar um ambiente em que cada eleitor possa exercer o seu direito constitucional de votar", disse à Lusa Tuya Altarangel, responsável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) em Timor-Leste.

Questões como o distanciamento social, a disponibilização de kits de segurança sanitária, máscaras e desinfetante de mãos fazem parte do programa, conhecido pela sigla CORE-TL.

"Queremos ajudar a criar um ambiente condutivo e não impeditivo das eleições. Por isso disponibilizamos 400 mil máscaras e mais 500 mil de pano", referiu Altarangel.

"Preparamos vídeos de fácil compreensão sobre como os votantes podem votar de forma segura, com formação para oficiais eleitorais para que possam criar esse ambiente seguro", acrescentou.

O CORE-TL conta com um investimento de quatro milhões de dólares do governo japonês e cerca de 360 mil dólares do governo timorense.

O acordo entre o PNUD e o governo timorense, assinado em abril de 2021, abrange tanto o período das eleições presidenciais deste ano como as legislativas, previstas para 2023.

Entre as atividades centrais do programa contam-se o apoio à resiliência à pandemia, informação de eleitores, promoção de eleições inclusivas e o fornecimento de tinta indelével que tradicionalmente é usada para marcar os dedos de quem já votou.

Foi também organizada uma formação de braille para 117 eleitores invisuais e que visou "promover a participação independente de pessoas com deficiências visuais" no processo eleitoral, incluindo apoiar os OGE nesta matéria.

Polícia timorense organiza ações de prevenção

Equipas conjuntas de várias unidades da Polícia Nacional de Timor-Leste estão a realizar treinos e simulações em pelo menos dois pontos da cidade de Díli em preparação para as eleições presidenciais de março.

O treino envolve efetivos da Unidade de Polícia Militar, Unidade de Patrulhamento de Fronteira e Unidade Especial de Polícia e elementos dos comandos de polícia dos 13 municípios e da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno (RAEOA).

A simulação começou na zona do recinto de Tasi Tolo, na zona ocidental de Díli, onde tradicionalmente se realizam os maiores comícios das campanhas eleitorais.

"Trata-se de exercícios para garantir a prontidão das forças durante todo o processo eleitoral", explicou um responsável policial em Tasi Tolu, no arranque do treino.

"Queremos apoiar para garantir a segurança durante esta festa da democracia e por isso estamos a reforçar a nossa capacidade de resposta", referiu.

Os efetivos participaram em vários cenários, incluindo a possibilidade de confrontos e violência durante ações de campanha.

Para isso foi simulado um ato de campanha de um candidato imaginário, com a polícia a ter que controlar distúrbios violentos, incluindo lançamento de projeteis.

Milhares de efetivos de segurança vão ser destacados em todo o país para acompanhar a fase da campanha, que começa a 2 de março, a votação, que decorre a 19 de março, e o escrutínio de votos.


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