Nações Unidas responsabilizam Governo da Síria por ataque com gás sarin

por RTP
Ammar Abdullah - Reuters

As Nações Unidas indicaram esta quarta-feira que o Governo sírio é responsável pelo ataque com gás sarin de Khan Cheikhoun. O ataque ocorreu no passado mês de abril, tendo provocado a morte de mais de 80 pessoas, a maioria das quais eram mulheres e crianças. Os investigadores da ONU acusam Damasco de cometer um “crime de guerra”.

A ONU sublinha que a utilização de armas químicas é proibida pelo direito internacional. “A utilização de gás sarin em Khan Cheikhoun no dia 4 de abril pelas forças aéreas sírias constituem crimes de guerra”, concluem.

A Comissão de Investigação à Situação dos Direitos Humanos na Síria rejeita a justificação então dada pelo regime de Bashar al-Assad. Em abril, confrontado com o ataque químico em Khan Cheikhoun, Damasco e Moscovo tinham indicado que ataques aéreos tinham atingido um depósito onde estariam armazenadas armas químicas.

“Pelo contrário, todas as provas disponíveis permitem concluir que há motivos para acreditar que as forças aéreas lançaram uma bomba que dispersou gás sarin”, escrevem os investigadores no 14º relatório da comissão.

Em junho, a Organização Internacional para a Proibição das Armas químicas tinha já confirmado a utilização de gás sarin no ataque de Khan Cheikhoun. A organização não nomeou responsáveis, tendo referido que os investigadores sofreram pressões.

Segundo a comissão de inquérito, o ataque de abril de 2017 provocou pelo menos 83 mortos, entre os quais se encontram 28 crianças e 23 mulheres. O ataque tinha motivado uma forte indignação aéreo e um ataque aéreo de Washington contra o regime de Damasco.

(Em atualização)
pub