Naomi Watts é nova embaixadora das Nações Unidas para luta contra a Sida

A actriz britânico- australiana Naomi Watts, protagonista de filmes como "King Kong" e "21 gramas", foi hoje nomeada representante especial para o Programa das Nações Unidas contra a Sida (ONUSIDA).

Agência LUSA /

"Com o seu enorme talento e personalidade poderá sensibilizar o mundo para a Sida e fazer-se eco das necessidades das pessoas que vivem com o Vírus" da Imunodeficiência Humana (VIH), declarou Deborah Landey, directora executiva adjunta da ONUSIDA, em conferência de imprensa.

A actriz, de 37 anos, nascida no Reino Unido e criada na Austrália, regressou recentemente de uma viagem à Zâmbia, onde visitou clínicas, hospitais, escolas e albergues para conhecer a realidade das pessoas afectadas pelo vírus.

Landey destacou que Watts, nomeada para um Óscar pelo filme "21 gramas", pode "fazer uma diferença substancial" para consciencializar as pessoas da necessidade de eliminar os estigmas e a discriminação que sofrem os portadores de Sida.

"É uma honra para mim trabalhar com a ONU neste programa, pois a mensagem mais importante é a necessidade de lutar contra a Sida a nível global", afirmou a actriz.

Sublinhou que na sua viagem à Zâmbia viu em primeira mão os efeitos devastadores da doença nos indivíduos, nas famílias e nas comunidades.

"Senti-me comovida e, ao mesmo tempo, inspirada ao ver a força das mulheres, homens e crianças que conheci, que realmente movem montanhas para salvar vidas. São os verdadeiros heróis desta luta", afirmou.

Cerca de 40 milhões de pessoas em todo o mundo estão infectadas com o HIV, o vírus causador da sida, a maioria das quais no continente africano.

Metade dos infectados são jovens menores de 25 anos, enquanto a cada minuto morre uma criança devido a uma doença relacionada com o vírus.

"Não se deve ver a Sida como números ou estatísticas, mas sim de uma forma mais personalizada, como os rostos dos afectados e das suas famílias, que necessitam de apoio", sublinhou a estrela de Hollywood.

Notou que há uma grande esperança de conter a epidemia de Sida, devido aos programas de assistência em desenvolvimento em todo o mundo, mas adiantou que "há ainda muito a fazer".

"Necessitamos de mais dinheiro, mais médicos, enfermeiros, medicamentos", declarou Watts, que encabeça a campanha recentemente lançada pela ONUSIDA, conhecida como "Quatro para o Mundo".

A iniciativa global tenta promover o acesso à prevenção, tratamento, cuidado e serviços de apoio da população dos países pobres.


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