As negociações iniciadas por Donald Trump com vista a um cessar-fogo geral entre Kiev e Moscovo "não são fáceis", afirmou o secretário-geral da NATO, Mark Rutte, na terça-feira, em Odessa, ao lado do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
“Estas discussões não são fáceis, particularmente no seguimento desta violência horrível”, sublinhou Mark Rutte na importante cidade portuária do sul da Ucrânia, denunciando os "terríveis" ataques russos contra civis ucranianos.
“Mas apoiamos todos os esforços do presidente Trump em prol da paz”, acrescentou o responsável da Aliança Atlântica.
Estas palavras contrastam com as do enviado do presidente dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que afirmou na segunda-feira, três dias depois de uma nova reunião com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, que as conversações estavam “à beira” de fazer progressos.
Depois de Trump ter acusado Zelensky de iniciar a guerra, que começou quando as forças russas invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022, Rutte realçou que não existiam dúvidas de que Moscovo tinha começado o conflito.
“A Rússia é o agressor, a Rússia começou esta guerra. Não há dúvida”, declarou.
Já Volodymyr Zelensky frisou que os recentes bombardeamentos de cidades ucranianas “mostram que os russos não só estão determinados a continuar a guerra, como estão a pressionar o Ocidente em vez de sentirem a força da pressão (ocidental) sobre eles próprios”.
“Há 35 dias que Vladimir Putin ignora a proposta americana de um cessar-fogo total”, lamentou o presidente ucraniano.
Zelensky voltou a frisar que a Ucrânia necessita urgentemente de sistemas de defesa aérea e de mísseis para os mesmos, mencionando os sistemas Patriot, fabricados principalmente pelas empresas de defesa norte-americanas Raytheon e Lockheed Martin.
“Os sistemas Patriot são armas defensivas e não estamos apenas a pedir Patriots - estamos prontos a comprá-los”, sublinhou Zelensky.
Para o presidente ucraniano, “esta é uma questão puramente política - os sistemas estão disponíveis no mundo, os mísseis para os Patriots também estão disponíveis”.
O presidente ucraniano apelou também à formação “rápida” de um contingente militar ocidental a ser colocado na Ucrânia.
“O Reino Unido, a França e outros países da NATO já estão a preparar ativamente as bases para um contingente de segurança na Ucrânia. É importante que sejamos todos suficientemente rápidos e eficazes neste processo”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.
As autoridades russas “têm de compreender que a Ucrânia não será deixada sozinha a enfrentar a guerra”, acrescentou.
Ataques “ultrajantes” e apoio “inabalável”
Na visita surpresa a Odessa, Mark Rutte garantiu ainda a Volodymyr Zelensky o apoio “inabalável” dos países da Aliança Atlântica à Ucrânia.
“A NATO está com a Ucrânia”, frisou Rutte numa conferência de imprensa com Zelensky. “Nós sabemos que isto tem sido verdade desde o início. Também sei que alguns puseram em causa o apoio da NATO nos últimos meses. Mas que não haja dúvidas: O nosso apoio é inabalável”.
"Vamos continuar a apoiar a Ucrânia para que possa defender-se hoje e suprir qualquer agressão no futuro, assegurando uma paz justa e duradoura", completou o responsável político máximo da Aliança Atlântica.
A visita de Rutte ocorreu dois dias depois de os ataques de mísseis balísticos russos na cidade de Sumy, no domingo, terem matado 35 pessoas e ferido mais de 100, segundo as autoridades ucranianas.
Mark Rutte qualificou de “escandalosos” os ataques “terríveis” e “sistemáticos” da Rússia contra a população civil, e a sua deslocação à Ucrânia ocorreu após uma série de bombardeamentos particularmente devastadores.
Zelensky e Rutte visitaram um hospital onde soldados ucranianos estavam a recuperar dos seus ferimentos.
Trocas de dronesEsta terça-feira, um ataque de drones russos à cidade de Odessa provocou ferimentos em três pessoas e danos em habitações e infraestruturas. Em Kherson, uma pessoa morreu e três ficaram feridas na sequência de um duplo ataque. Por outro lado, as unidades de defesa de Moscovo abateram 26 drones lançados por Kiev.
Um homem morreu e “três outras pessoas ficaram feridas”, disse o governador da região de Kherson, Oleksandre Prokoudine, acrescentando que o ataque teve como alvo uma área residencial.
“O inimigo voltou a atacar Odessa com um ataque maciço de drones”, escreveu Oleh Kiper, governador da região no Telegram, embora a escala total do ataque não fosse clara.
O serviço de emergência da Ucrânia afirmou que três pessoas ficaram feridas e que vários incêndios eclodiram na cidade de Odessa, como resultado do ataque.
Esta quarta-feira, o parlamento ucraniano aprovou por unanimidade estender a lei marcial até 6 de maio, que permite ao país continuar a mobilizar tropas e suspende o ciclo eleitoral.
Já as unidades de defesa russas destruíram 26 drones ucranianos durante a noite, revelou Ministério da Defesa da Rússia esta quarta-feira.
“Mas apoiamos todos os esforços do presidente Trump em prol da paz”, acrescentou o responsável da Aliança Atlântica.
Estas palavras contrastam com as do enviado do presidente dos Estados Unidos, Steve Witkoff, que afirmou na segunda-feira, três dias depois de uma nova reunião com o chefe de Estado russo, Vladimir Putin, que as conversações estavam “à beira” de fazer progressos.
Depois de Trump ter acusado Zelensky de iniciar a guerra, que começou quando as forças russas invadiram a Ucrânia em fevereiro de 2022, Rutte realçou que não existiam dúvidas de que Moscovo tinha começado o conflito.
“A Rússia é o agressor, a Rússia começou esta guerra. Não há dúvida”, declarou.
Já Volodymyr Zelensky frisou que os recentes bombardeamentos de cidades ucranianas “mostram que os russos não só estão determinados a continuar a guerra, como estão a pressionar o Ocidente em vez de sentirem a força da pressão (ocidental) sobre eles próprios”.
“Há 35 dias que Vladimir Putin ignora a proposta americana de um cessar-fogo total”, lamentou o presidente ucraniano.
Zelensky voltou a frisar que a Ucrânia necessita urgentemente de sistemas de defesa aérea e de mísseis para os mesmos, mencionando os sistemas Patriot, fabricados principalmente pelas empresas de defesa norte-americanas Raytheon e Lockheed Martin.
“Os sistemas Patriot são armas defensivas e não estamos apenas a pedir Patriots - estamos prontos a comprá-los”, sublinhou Zelensky.
Para o presidente ucraniano, “esta é uma questão puramente política - os sistemas estão disponíveis no mundo, os mísseis para os Patriots também estão disponíveis”.
O presidente ucraniano apelou também à formação “rápida” de um contingente militar ocidental a ser colocado na Ucrânia.
“O Reino Unido, a França e outros países da NATO já estão a preparar ativamente as bases para um contingente de segurança na Ucrânia. É importante que sejamos todos suficientemente rápidos e eficazes neste processo”, sublinhou o chefe de Estado ucraniano.
As autoridades russas “têm de compreender que a Ucrânia não será deixada sozinha a enfrentar a guerra”, acrescentou.
Ataques “ultrajantes” e apoio “inabalável”
Na visita surpresa a Odessa, Mark Rutte garantiu ainda a Volodymyr Zelensky o apoio “inabalável” dos países da Aliança Atlântica à Ucrânia.
“A NATO está com a Ucrânia”, frisou Rutte numa conferência de imprensa com Zelensky. “Nós sabemos que isto tem sido verdade desde o início. Também sei que alguns puseram em causa o apoio da NATO nos últimos meses. Mas que não haja dúvidas: O nosso apoio é inabalável”.
"Vamos continuar a apoiar a Ucrânia para que possa defender-se hoje e suprir qualquer agressão no futuro, assegurando uma paz justa e duradoura", completou o responsável político máximo da Aliança Atlântica.
A visita de Rutte ocorreu dois dias depois de os ataques de mísseis balísticos russos na cidade de Sumy, no domingo, terem matado 35 pessoas e ferido mais de 100, segundo as autoridades ucranianas.
Mark Rutte qualificou de “escandalosos” os ataques “terríveis” e “sistemáticos” da Rússia contra a população civil, e a sua deslocação à Ucrânia ocorreu após uma série de bombardeamentos particularmente devastadores.
Zelensky e Rutte visitaram um hospital onde soldados ucranianos estavam a recuperar dos seus ferimentos.
Trocas de dronesEsta terça-feira, um ataque de drones russos à cidade de Odessa provocou ferimentos em três pessoas e danos em habitações e infraestruturas. Em Kherson, uma pessoa morreu e três ficaram feridas na sequência de um duplo ataque. Por outro lado, as unidades de defesa de Moscovo abateram 26 drones lançados por Kiev.
Segundo o chefe da administração militar de Kherson, Roman Mrotchko, o primeiro bombardeamento teve lugar ao início da manhã. Quando as equipas de socorro chegaram ao local para ajudar as vítimas, as forças russas “bombardearam-nas com artilharia”, acrescentou.
A Rússia é acusada de utilizar a tática do duplo ataque: um segundo projétil é lançado no mesmo local após o primeiro impacto, com alguns minutos de intervalo, com o objetivo de causar danos entre as pessoas que vieram ajudar as primeiras vítimas. Este tipo de ataque pode ser considerado um crime de guerra, uma vez que visa principalmente civis e equipas de salvamento.
Um homem morreu e “três outras pessoas ficaram feridas”, disse o governador da região de Kherson, Oleksandre Prokoudine, acrescentando que o ataque teve como alvo uma área residencial.
“O inimigo voltou a atacar Odessa com um ataque maciço de drones”, escreveu Oleh Kiper, governador da região no Telegram, embora a escala total do ataque não fosse clara.
O serviço de emergência da Ucrânia afirmou que três pessoas ficaram feridas e que vários incêndios eclodiram na cidade de Odessa, como resultado do ataque.
Esta quarta-feira, o parlamento ucraniano aprovou por unanimidade estender a lei marcial até 6 de maio, que permite ao país continuar a mobilizar tropas e suspende o ciclo eleitoral.
Já as unidades de defesa russas destruíram 26 drones ucranianos durante a noite, revelou Ministério da Defesa da Rússia esta quarta-feira.
Nove drones foram destruídos sobre a região sul de Voronezh e oito na região fronteiriça de Belgorod, e os restantes foram abatidos sobre as regiões de Kursk, Lipetsk e Moscovo, e sobre a Península da Crimeia, esclareceu o Ministério numa publicação na rede social Telegram.
c/ agências
Tópicos