Neozelandeses retidos desde julho no Irão conseguiram sair do país

por Lusa
Jacinda Ardern confirmou a saída do Irão dos dois neozelandeses retidos desde julho Reuters

O governo da Nova Zelândia informou que os dois autores neozelandeses de um blogue de viagem conseguiram sair do Irão, onde estavam retidos desde o início de julho por razões que não foram reveladas.

"Os neozelandeses a quem prestámos assistência consular no Irão deixaram agora o país e estão seguros e bem. Por razões de privacidade não nos é possível comentar mais", disse à agência de notícias Efe um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comércio da Nova Zelândia.

Topher Richwhite e Bridget Thackwray, que documentam a sua viagem num veículo todo-o-terreno à volta do mundo há mais de quatro anos, pararam abruptamente de publicar conteúdo sobre a sua viagem quando entraram na República Islâmica, há quatro meses.

"Nos últimos meses, o Ministério dos Negócios Estrangeiros e Comércio e o governo da Nova Zelândia têm trabalhado arduamente para assegurar a partida segura de dois neozelandeses do Irão", disse esta quarta-feira a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Ardern, num vídeo publicado na rede social Facebook.

"Não posso dar muito mais pormenores, mas posso confirmar que isto aconteceu e que tem sido particularmente difícil, tanto quanto sei, para os dois indivíduos envolvidos", acrescentou.

Ardern aproveitou para condenar a repressão das autoridades iranianas contra os protestos no Irão desde 16 de setembro, na sequência da morte de Mahsa Amini, de 22 anos, depois de ter sido detida por alegadamente não ter coberto o cabelo com um hijab, ou véu islâmico.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Nova Zelândia atualizou o alerta de viagem ao Irão, instando os cidadãos a não viajarem para o país devido à possibilidade de "agitação civil violenta, ao risco de prisão ou detenção e à situação volátil na região".

"O risco de segurança no Irão é significativo", disse a ministra dos Negócios Estrangeiros e Comércio da Nova Zelândia, Nanaia Mahuta, em comunicado.

 

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