Nigéria. Sequestros e o défice securitário no país mais populoso de África

A recente onda de raptos na Nigéria está a mergulhar o país mais populoso de África numa crise de segurança. O governo afirma estar totalmente mobilizado para lidar com a situação. Mas a realidade contraria essa prontidão governamental.

Catarina Miranda - RTP /
Os raptos nas regiões noroeste e centro do país são geralmente levados a cabo por "bandidos", gangues criminosos que saqueiam aldeias, aterrorizam comunidades e raptam habitantes para obter resgate.

A maioria das negociações com os sequestradores é conduzida "por representantes do Estado, membros dos governos locais onde estes acontecimentos estão a decorrer", explica Confidence MacHarry, analista de segurança da SBM Intelligence, uma empresa de consultoria sediada em Lagos:

"Por vezes, também recorrem a negociadores privados que vivem nas comunidades ou regiões de onde vêm os reféns"

O Gabinete do Conselheiro de Segurança Nacional da Presidência (ONSA) designou uma equipa encarregada de contactar os raptores, utilizando "uma abordagem suave". Por exemplo, identificar a mãe do líder do grupo responsável pelo sequestro em Kebbi e convencê-la a persuadir o grupo a libertar as rapariqas sequestradas.
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