Nobel para María Corina Machado evidencia o poder do espírito democrático Guterres

O secretário-geral da ONU, António Guterres, felicitou hoje a opositora venezuelana María Corina Machado pelo Prémio Nobel da Paz e defendeu que a atribuição evidencia a resiliência e o poder do espírito democrático.

Lusa /

"Numa altura em que a democracia e o Estado de direito estão globalmente ameaçados, o prémio de hoje é uma homenagem a todos aqueles que trabalham para salvaguardar os direitos civis e políticos em todo o mundo", frisou Guterres, destacando tratar-se de "uma chamada de atenção comovente da resiliência e do poder do espírito democrático".

Num comunicado, Guterres lembrou que "durante décadas" María Corina Machado "tem sido uma defensora da democracia e uma voz de unidade no seu país, a Venezuela".

O chefe das Nações Unidas observou ainda que o Comité Nobel norueguês, na sua declaração de atribuição do prémio à líder da oposição venezuelana, recordou que as ferramentas da democracia são as ferramentas da paz.

O Comité Nobel norueguês atribuiu hoje o Nobel da Paz 2025 à opositora venezuelana María Corina Machado, ex-deputada da Assembleia Nacional da Venezuela entre 2011 e 2014.

Corina Machado foi premiada "pelo seu trabalho incansável na promoção dos direitos democráticos do povo da Venezuela e pela sua luta para alcançar uma transição justa e pacífica da ditadura para a democracia", explicou o comité.

Nascida em 1967, na Venezuela, María Corina Machado é uma das principais vozes da oposição democrática ao regime do Presidente Nicolás Maduro, e chegou a ser a candidata favorita à vitória nas eleições presidenciais de julho de 2024.

No entanto, foi impedida de concorrer quando, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal de Justiça a proibiu de ocupar cargos públicos durante 15 anos.

 

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