A tensão mantém-se elevada este domingo entre a Índia e o Paquistão, cujos soldados trocaram tiros pela terceira noite consecutiva desde um ataque mortal em Caxemira, apesar dos esforços de mediação diplomática.
No sábado à noite, as forças de segurança indianas e paquistanesas voltaram a trocar tiros.
Segundo o exército indiano, este fogo de armas ligeiras "não provocado" do Paquistão visou posições indianas. "As nossas tropas responderam com armas ligeiras adequadas", disse a mesma fonte, sem mencionar quaisquer baixas.
Este domingo, a marinha indiana publicou imagens de testes de mísseis antinavio efetuados por várias das suas embarcações.
"Haverá represálias militares, estamos preparados", disse uma fonte governamental ao jornal Indian Express.
Nesta atmosfera de barril de pólvora, o Conselho de Segurança da ONU apelou à "máxima contenção" dos dois países, que já travaram três guerras desde a sua sangrenta divisão em 1947.Muitos especialistas receiam uma reação militar de Nova Deli, enquanto a opinião pública nos dois países está exaltada.
A Arábia Saudita afirmou estar a tomar "medidas para evitar uma escalada" entre os dois países. O Irão também se ofereceu como mediador.
As relações entre Nova Deli e Islamabad atingiram um novo ponto de conflito desde o ataque de terça-feira por um grupo armado que matou 26 civis na cidade de Pahalgam, na parte do território em disputa administrada pela Índia.
Sem esperar por uma reivindicação, a Índia culpou o Paquistão por este ataque, o mais mortífero contra civis na região de maioria muçulmana desde 2000.
A Índia divulgou imagens de três dos alegados autores do tiroteio, dois deles são paquistaneses. Nova Deli, acusa-os de pertencerem a um grupo próximo do LeT, o movimento jihadista Lashkar-e-Taiba, com sede no Paquistão, já suspeito dos atentados que mataram 166 pessoas em Bombaim em 2008.
Este domingo, o Ministério do Interior entregou todas as investigações à polícia federal indiana, a Agência Nacional de Investigação (NIA).
“Todas as testemunhas estão a ser interrogadas em pormenor para reconstituir os acontecimentos que conduziram a um dos piores ataques da história de Caxemira”, declarou a NIA em comunicado.
Paralelamente a esta investigação, o exército indiano destruiu com explosivos nove casas pertencentes a suspeitos do atentado, disse à AFP um agente da polícia sob condição de anonimato.
Durante o seu discurso mensal na rádio, o primeiro-ministro ultranacionalista hindu Narendra Modi prometeu mais uma vez às vítimas do ataque que “será feita justiça”.
O Paquistão negou qualquer envolvimento. No sábado, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif voltou a classificar as acusações indianas de "infundadas" e apelou a um "inquérito neutro" sobre os acontecimentos.
Fronteira é o centro de todas as preocupaçõesA Linha de Controlo (LoC), a fronteira de facto entre os dois vizinhos, é o centro de todas as preocupações.
As duas potências nucleares estão a travar uma guerra de sanções que inclui a suspensão de vistos para os cidadãos do país vizinho.
Segundo a AFP, no posto fronteiriço de Attari-Wagah, atualmente encerrado, as famílias despedem-se das mulheres, primos e filhos obrigados a ficar do lado paquistanês.
Em 2019, após um ataque mortal contra os seus soldados, a Índia efetuou um ataque aéreo contra o Paquistão, que retaliou.
Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão aquando da sua independência em 1947. Desde então, os dois países rivais continuam a reivindicar a soberania de todo o território dos Himalaias.
Segundo o exército indiano, este fogo de armas ligeiras "não provocado" do Paquistão visou posições indianas. "As nossas tropas responderam com armas ligeiras adequadas", disse a mesma fonte, sem mencionar quaisquer baixas.
Este domingo, a marinha indiana publicou imagens de testes de mísseis antinavio efetuados por várias das suas embarcações.
"Haverá represálias militares, estamos preparados", disse uma fonte governamental ao jornal Indian Express.
Nesta atmosfera de barril de pólvora, o Conselho de Segurança da ONU apelou à "máxima contenção" dos dois países, que já travaram três guerras desde a sua sangrenta divisão em 1947.Muitos especialistas receiam uma reação militar de Nova Deli, enquanto a opinião pública nos dois países está exaltada.
A Arábia Saudita afirmou estar a tomar "medidas para evitar uma escalada" entre os dois países. O Irão também se ofereceu como mediador.
As relações entre Nova Deli e Islamabad atingiram um novo ponto de conflito desde o ataque de terça-feira por um grupo armado que matou 26 civis na cidade de Pahalgam, na parte do território em disputa administrada pela Índia.
Sem esperar por uma reivindicação, a Índia culpou o Paquistão por este ataque, o mais mortífero contra civis na região de maioria muçulmana desde 2000.
A Índia divulgou imagens de três dos alegados autores do tiroteio, dois deles são paquistaneses. Nova Deli, acusa-os de pertencerem a um grupo próximo do LeT, o movimento jihadista Lashkar-e-Taiba, com sede no Paquistão, já suspeito dos atentados que mataram 166 pessoas em Bombaim em 2008.
Este domingo, o Ministério do Interior entregou todas as investigações à polícia federal indiana, a Agência Nacional de Investigação (NIA).
“Todas as testemunhas estão a ser interrogadas em pormenor para reconstituir os acontecimentos que conduziram a um dos piores ataques da história de Caxemira”, declarou a NIA em comunicado.
Paralelamente a esta investigação, o exército indiano destruiu com explosivos nove casas pertencentes a suspeitos do atentado, disse à AFP um agente da polícia sob condição de anonimato.
Durante o seu discurso mensal na rádio, o primeiro-ministro ultranacionalista hindu Narendra Modi prometeu mais uma vez às vítimas do ataque que “será feita justiça”.
O Paquistão negou qualquer envolvimento. No sábado, o primeiro-ministro Shehbaz Sharif voltou a classificar as acusações indianas de "infundadas" e apelou a um "inquérito neutro" sobre os acontecimentos.
Fronteira é o centro de todas as preocupaçõesA Linha de Controlo (LoC), a fronteira de facto entre os dois vizinhos, é o centro de todas as preocupações.
As duas potências nucleares estão a travar uma guerra de sanções que inclui a suspensão de vistos para os cidadãos do país vizinho.
Segundo a AFP, no posto fronteiriço de Attari-Wagah, atualmente encerrado, as famílias despedem-se das mulheres, primos e filhos obrigados a ficar do lado paquistanês.
Em 2019, após um ataque mortal contra os seus soldados, a Índia efetuou um ataque aéreo contra o Paquistão, que retaliou.
Caxemira foi dividida entre a Índia e o Paquistão aquando da sua independência em 1947. Desde então, os dois países rivais continuam a reivindicar a soberania de todo o território dos Himalaias.
Desde 1989, o lado indiano é palco de uma rebelião separatista. Os combates entre os insurretos e os 500 mil soldados indianos ali estacionados causaram dezenas de milhares de mortos.
c/ agências