Novas sanções. UE ataca "coração da máquina de guerra" russa

Moscovo responde garantindo que "construiu uma certa imunidade às sanções ocidentais". A União Europeia aprovou o 18.º bloco de medidas contra a Rússia que a presidente da Comissão Europeia afirma que ataca o coração da máquina de guerra russa.

Cristina Santos - RTP /
Ilustração: Dado Ruvic - Reuters

Este novo conjunto de sanções inclui medidas destinadas a afetar a indústria petrolífera e energética russa. As sanções proíbem, por exemplo, transações relacionadas com o gasoduto russo Nord Stream.

A União Europeia aprovou também sanções contra o setor bancário russo.

A presidente da Comissão Europeia saudou o acordo e assegurou que Bruxelas está a atacar o cerne da máquina de guerra russa, ao incluir um novo teto para o preço do petróleo.

Este pacote de sanções foi aprovado só depois de a Eslováquia levantar o veto às novas medidas.

Moscovo já desvalorizou as novas sanções. O porta-voz do Kremlin assegura que a Rússia construiu uma certa imunidade às sanções ocidentais e adaptou-se a elas Dmitri Peskov classifica as sanções como ilegais e afirma que cada nova restrição cria consequências negativas para os países que as apoiaram.
O presidente da Ucrânia diz que as sanções chegam num bom momento. Volodomyr Zelenskiy classifica a decisão como "essencial e oportuna"

Uma vez que a Rússia intensifica os ataques aéreos contra várias cidades ucranianas.
O presidente francês também aplaudiu este novo conjunto de medidas sancionatórias.
"Os ataques russos devem parar imediatamente", escreveu Macron na rede social X. 

A chefe da política externa da União Europeia refere que as sanções também visam 105 navios da "frota sombra" da Rússia, o termo usado por autoridades ocidentais para navios que Moscovo usa para contornar sanções ao petróleo. Na rede social X, Kaja Callas sublinha também medidas contra "bancos chineses que permitem a evasão russa às sanções".
O G7 (grupo das sete potências económicas ocidentais) tenta impor um limite de preço para as compras de petróleo russo desde dezembro de 2022.

O objetivo é proibir o comércio de petróleo bruto russo comprado a preços mais altos, proibindo empresas de transporte de movimentar navios-tanque que transportam esse petróleo.

No entanto, a Rússia conseguiu, até agora, vender a maior parte do petróleo acima desse limite máximo.
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