Novo balanço aponta para sete mortos em desabamento de escola na Indonésia

O número de mortos devido ao desabamento de uma escola islâmica na segunda-feira na Indonésia subiu hoje para sete, depois das equipas de resgate terem encontrado mais dois corpos debaixo dos escombros.

Lusa /
Dipta Wahyu - Reuters

As equipas encontraram esta manhã os corpos de dois estudantes, disse o diretor das operações de busca e salvamento, Yudhi Bramantyo, acrescentando que "ambos são rapazes".

"Isto eleva o número total de vítimas encontradas mortas para sete", referiu o dirigente.

De acordo com uma contagem oficial, 59 pessoas ainda estão presas sob os escombros.

Na quinta-feira, o diretor da Agência Nacional de Gestão de Desastres indonésia, Suharyanto, admitiu que não foram detetados quaisquer sinais de vida sob os escombros da escola.

"Utilizámos equipamento de alta tecnologia, como drones térmicos, e cientificamente não havia sinais de vida. Tínhamos dado tempo à equipa conjunta [de busca] até esta manhã caso houvesse sinais de vida, mas não havia nenhum", disse Suharyanto, em conferência de imprensa.

O dirigente indicou que a equipa decidiu avançar para a próxima fase das buscas com equipamento pesado. Um guindaste estava a trabalhar para remover os escombros, e mais quatro eram esperados no local, acrescentou.

No entanto, Suharyanto manifestou a esperança de que nem todas estas pessoas desaparecidas estejam debaixo dos escombros, citando o caso de uma mulher que lamentou a morte do filho e depois descobriu que ele estava em segurança.

Na quarta-feira, cinco sobreviventes e dois corpos foram retirados dos escombros da escola islâmica situada a 30 quilómetros da cidade de Surabaya, no leste da ilha de Java, elevando o número de mortos para cinco.

A estrutura caiu sobre centenas de pessoas, a maioria adolescentes, que realizavam as orações da tarde de segunda-feira num salão num internato islâmico centenário, o Al Khoziny, na província de Java Oriental, que estava a passar por uma expansão não autorizada.

Os alunos eram, na sua maioria, rapazes do 7.º ao 12.º ano, com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos. As alunas estavam a rezar noutra parte do edifício e conseguiram escapar, disseram sobreviventes.

O salão de orações tinha dois andares, mas estavam a ser construídos mais dois sem autorização, segundo as autoridades.

A polícia disse que os alicerces do antigo edifício aparentemente não conseguiram suportar mais dois andares de betão e desabaram durante o processo de betonagem.

Tópicos
PUB